À medida em que a ciência avança, novos recursos são disponibilizados para responder a um dos maiores questionamentos humanos: o segredo da longevidade. Mais do que não apresentar características que são próprias do envelhecimento, ser longevo – ou seja, viver mais e melhor –, envolve uma série de fatores que começa por aspectos não visíveis mas que são fundamentais neste processo.
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O primeiro e mais importante deles é o cérebro. Segundo Thaís Bento, doutora pela USP e parceira científica do Supera – Ginástica para o Cérebro, é necessário entender que o envelhecimento é um processo constante e comum a todos os seres humanos, abrangendo mudanças biológicas, psicológicas e sociais. “Precisamos olhar o envelhecimento como parte do processo da vida humana que poderá ou não por meio de oportunidades promover um processo saudável e significativo”, detalhou.
Os piores hábitos no caminho do envelhecimento
A ciência moderna pode ainda não saber qual é o segredo do bom envelhecimento, mas há décadas aposta em alertar para hábitos que sim, podem conduzir para um envelhecimento ruim. O Relatório de 2020 da Comissão Lancet de Prevenção, Intervenção e Cuidados com a Demência” listou 12 fatores de risco modificáveis que atualmente representam cerca de 40% das demências em todo o mundo, confira:
· Analfabetismo ou pouca educação;
· hipertensão (não tratada);
· deficiência auditiva (não tratada);
· tabagismo;
· obesidade;
· depressão;
· sedentarismo;
· diabetes;
· baixo contato social;
· consumo excessivo de álcool;
· lesão cerebral traumática;
· poluição do ar.
O que fazer hoje para envelhecer bem?
Por outro lado, o relatório técnico desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde para a “Década do Envelhecimento Saudável (2021-2030)” reforça que o envelhecimento saudável engloba todo o curso de vida, ou seja, ter um envelhecimento saudável significa desenvolver e manter a habilidade funcional que permita o bem-estar mesmo em idade avançada.
Confira o que fazer agora para ter um envelhecimento mais saudável
1) Engajamento social (participação social, ter um bom suporte social seja com a família ou amigos);
2) Não fumar e controlar os níveis de consumo de bebidas alcoólicas;
3) Praticar atividades físicas, cultivar atividades de lazer e intelectuais (ler, fazer artesanatos, pintar, ouvir música, estimular o raciocínio com jogos, assistir filmes, tocar instrumentos musicais etc);
4) Ter uma rotina e uma boa noite de sono (consultar um especialista quando necessário);
5) Gerir o estresse e a ansiedade (gerenciar as emoções e realizar terapias, caso necessário para tratar transtornos de humor, pois pode piorar as funções cognitivas e desencadear quadros demenciais);
6) Realizar exames periódicos de saúde (com especialistas da área);
7) Ter um propósito de vida (quando se tem um propósito de vida, objetivos e metas, damos sentido à vida, por isso a importância de cultivar a espiritualidade).
Fique atento às suas emoções!
Ainda segundo a especialista, dentro deste processo um ponto que passa quase que desapercebido pode fazer toda a diferença no processo de longevidade: as emoções
“Uma regulação das emoções faz com que consigamos passar pelas adversidades da vida com mais leveza, adaptação ao meio e resiliência. Desenvolver essa inteligência emocional prevenirá o surgimento de transtornos do humor, como a ansiedade, o estresse crônico e a depressão, que são fatores de risco, para desencadear declínio cognitivo e quadros demenciais. Portanto, ter uma mente saudável, cultivar pensamentos positivos, sentimentos de valorização da vida e resgate de emoções e lembranças afetivas auxiliam no envelhecimento com uma boa qualidade de vida e bem-estar psicológico”, concluiu.
*Informações Assessoria de Imprensa
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