Jogo Saudável: como abordagens psicoeducativas podem transformar a relação com as apostas online

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(Foto: Freepik)

O aumento da popularidade das apostas online tem gerado preocupações sobre os riscos relacionados ao vício em jogos, mas também tem aberto portas para o desenvolvimento de programas psicoeducativos que visam transformar essa relação. “Programas psicoeducativos para o Jogo Responsável, quando aplicados de maneira eficaz, podem ajudar os jogadores a manterem um equilíbrio saudável e evitar os excessos que podem prejudicar sua saúde mental e bem-estar”, comenta Cristiano Costa, psicólogo clínico e organizacional, e diretor de conhecimento (CKO) da Empresa Brasileira de Apoio ao Compulsivo (EBAC).

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Segundo o Instituto de Psiquiatria da USP (Universidade de São Paulo), o Brasil pode vir a ter, em média, 2 milhões de viciados em jogos. A OMS – Organização Mundial de Saúde já classifica esse vício como uma doença que tem causado grandes prejuízos financeiros e emocionais. Além disso, a Pesquisa Datafolha mostra que, entre as pessoas que já apostaram, 5% já venderam algum bem para jogar, 15% já pediram dinheiro emprestado e 22% usaram recursos que deveriam ser destinados ao pagamento de contas.

Para Cristiano, os jogos online são uma forma de entretenimento que, quando praticada de maneira equilibrada, pode ser saudável. “No entanto, a falta de conscientização e o estigma sobre o vício podem levar a comportamentos prejudiciais, como o jogo excessivo. A psicoeducação é a chave para ajudar os jogadores a reconhecerem os sinais de risco e desenvolverem uma relação mais saudável com as apostas”, complementa.

A psicoeducação é um processo que visa fornecer aos jogadores informações sobre os riscos psicológicos do jogo, sobre as diretrizes do Jogo Responsável disponíveis no país, ajudando-os a compreender o impacto potencial do comportamento de aposta na vida cotidiana. Ao contrário do estigma tradicional que associa o jogador ao vício, a abordagem educacional busca empoderar o indivíduo, fornecendo ferramentas para que ele tome decisões informadas e responsáveis.

É essencial desmistificar as crenças comuns sobre o vício em jogos e as apostas. “Muitas vezes, os jogadores se sentem isolados por medo de serem rotulados, o que agrava o problema. Em vez de estigmatizar, devemos focar na prevenção e no cuidado, promovendo práticas saudáveis e sustentáveis. A psicoeducação oferece uma oportunidade de desenvolver estratégias para manter o controle e, quando necessário, buscar ajuda”, afirma.

As iniciativas de psicoeducação tem como objetivo promover a conscientização sobre o Jogo Responsável em diversos contextos, incluindo plataformas de apostas, eventos de entretenimento e campanhas educacionais. O foco está em criar ambientes seguros e informados para que os jogadores possam desfrutar do jogo de forma saudável e sem excessos.

Cristiano Costa enfatiza que a psicoeducação não é apenas para aqueles que já enfrentam dificuldades com o jogo, mas também para prevenir que novos comportamentos prejudiciais surjam. “Educar desde o início é fundamental. Ao integrar práticas de Jogo Responsável, é possível transformar a experiência de jogo e minimizar riscos, promovendo uma cultura de bem-estar mental e responsabilidade”, conclui o especialista.

*Informações Assessoria de Imprensa

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