Instituto Philos lança Radar da Saúde Mental com riscos e tendências para a área em 2025

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2025-02-25 | 10:00h
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2025-02-25 | 13:15h
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(Foto: rawpixel/Freepik)

O Radar da Saúde Mental, levantamento elaborado pelo Instituto Philos Org, identificou quatro dimensões com potencial de impacto na saúde do trabalhador em 2025 – Social e Econômica; Políticas Públicas; Cultura Organizacional; e Tecnologia. As mídias sociais, o meio ambiente e a saúde mental das mulheres são os pontos mais fortes em termos de risco e tendências, apurados pelo radar. O estudo, que será lançado no próximo dia 25, no Rio de Janeiro, permitirá que as organizações possam planejar proativamente ações para mitigar riscos e transformar temas sensíveis em oportunidades.

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No campo da Tecnologia, o Radar mostrou que há riscos no uso da Inteligência Artificial para o cuidado da saúde mental. “Essa tecnologia não tem capacidade para compreender em profundidade as emoções humanas, tornando-a inadequada para avaliar o risco real de um paciente”, explica o fundador do Instituto Philos Org, Carlos Assis.

O estudo alerta que o uso da IA para o trato da saúde mental deve ser cauteloso. Embora ela seja uma aliada no rastreio de sinais precoces e no fornecimento de intervenções iniciais, não pode ser vista como substituta de profissionais capacitados para fazer um diagnóstico preciso. Também deve-se ter atenção à proliferação, sem fiscalização e controle, de aplicativos de saúde mental, a maioria deles, segundo dados de 2023 da Associação Americana de Psiquiatria, ainda pendente de aprovação.

No âmbito da cultura organizacional, o Radar contextualiza a eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, com a revisão e recuo por grandes empresas, como a Meta e o Mc Donald’s, de suas políticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI). “Muitas delas passaram a ver tais iniciativas apenas como um custo elevado. Até mesmo ações ambientais estão sendo deixadas de lado por grandes corporações, como o Citibank e o Bank of America, que abandonaram programas de redução de emissões”, pontua Assis.

A saúde da mulher no ambiente de trabalho continua sendo uma preocupação crescente. O Radar aponta disparidades salariais e dificuldades em alcançar igualdade de gênero como desafios a serem superados no ambiente de trabalho. A tripla jornada de trabalho – vida profissional, doméstica e cuidado com filhos e idosos – tornam as mulheres mais propensas a desenvolver burnout, depressão e ansiedade. “Políticas de flexibilidade no trabalho, combate ao assédio moral e sexual e a revisão de disparidades salariais devem estar no escopo das empresas para que as mulheres sejam valorizadas” recomenda Assis.

No aspecto socioeconômico, o estudo analisou novas formas de comunicação e relacionamento, os impactos das mudanças climáticas e do meio ambiente na saúde mental e a efetividade de campanhas de conscientização e prevenção. Faz um alerta para o surgimento de uma nova patologia, que precisa ser observada pelas empresas: a ecoansiedade, que descreve a angústia e um “medo crônico” provocados por mudanças climáticas e desastres ambientais, que se tornaram mais intensos e comuns. O estudo destaca ainda a necessidade de mais investigações sobre os impactos emocionais das mudanças climáticas.

Por fim, o estudo identificou, entre os riscos e oportunidades no âmbito das Políticas Públicas, a falta de uma integração mais robusta ente duas iniciativas recém-criadas. Uma delas são as mudanças na Norma Regulamentadora Nº 1 (NR-1), que exige a inclusão de riscos psicossociais nos Programas de Gerenciamento de Riscos (PGR) das empresas. A outra é a Lei 14.831/2024, que criou o Certificado de Empresa Promotora da Saúde, importante para o reconhecimento das organizações que implementam práticas de promoção de bem-estar, como apoio psicológico, combate ao assédio e capacitação das lideranças.

“Essas ações precisam estar mais alinhadas e dotadas de parâmetros mais claros sobre o que caracteriza um risco psicossocial, como as empresas devem identificar esses riscos, e como será feito o acompanhamento contínuo das ações implementadas. Sem essas definições, o risco é que as empresas acabem apenas cumprindo formalidades, sem criar um impacto real na saúde mental dos seus colaboradores”, explica Assis.

*Informações Assessoria de Imprensa

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