Higiene das mãos: ação poderosa na prevenção de doenças

higiene mãos
(Foto: Ilustração/Freepik)

Com a chegada da pandemia, a higiene das mãos foi vista como uma arma poderosa contra o vírus da Covid-19, mas a verdade é que a prática sempre teve um papel importante, pois ela é capaz de prevenir diversas doenças infecciosas.

Segundo a professora do curso de Medicina do Centro Universitário de João Pessoa – Unipê, Suely Coelho, o ato de higienizar as mãos pode salvar vidas e ainda ajuda a prevenir a propagação de doenças infecciosas causadas por bactérias, vírus ou outros parasitas transmitidos pelo ar, superfícies, alimentos, entre outros.

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“Como as pessoas tocam frequentemente o rosto, as mãos desempenham um papel expressivo na propagação de doenças. Por outro lado, as enfermidades relacionadas à má higiene das mãos resultam em impactos tanto para o sistema de saúde, quanto para o paciente e sua família, incluindo também a perda de produtividade e renda ou ausência escolar de crianças”, explica.

Suely ressalta que entre 2020 e 2021, houve uma redução relevante dos atendimentos de infecções respiratórias, que é bastante comum em crianças. “O uso de máscaras, distanciamento, ensino remoto e diminuição de viagens internacionais repercutiram globalmente na baixa das doenças transmitidas por via respiratória, e a higiene das mãos também foi uma das estratégias fundamentais nesse quadro epidemiológico que a sociedade vivenciou”, aponta.

“Com o retorno às aulas, a volta do convívio entre as crianças e a redução da utilização de máscaras, após a flexibilização das medidas restritivas, pude observar que o padrão de atendimento atual, nas unidades básicas, voltou a apresentar um aumento significativo de síndromes gripais não relacionadas ao SARS-Cov-2, no público infantil”, informa.

Para a professora Suely, houve uma intensa disseminação da informação, sobre as técnicas de higienização das mãos, que ficaram guardadas na memória das pessoas. “Como toda estratégia em massa, haverá uma parte da população que se conscientizou da necessidade de manter o hábito e outros que desvalorizam a estratégia de prevenção”.

A professora do curso de Medicina do Unipê ressalta que um declínio na conscientização da lavagem de mãos pelas pessoas é esperado, porém a prática não vai cair no esquecimento tão facilmente, sobretudo se forem mantidos os hábitos de promoção da saúde em grupos comuns na atenção primária, e, continuarem intensificando campanhas já consolidadas nas escolas.

“É extremamente importante que os dispositivos de álcool em gel permaneçam nos locais públicos. A própria OMS recomenda, com base em seus subsídios e comprova a efetividade do acesso universal às instalações para a higiene das mãos, orientando que sejam fornecidas e instaladas em frente a todos os prédios públicos e centros de transportes, como mercados, lojas, locais de culto, escolas, unidades de saúde e estações de trem ou ônibus. Além disso, a OMS aconselha também que instalações de lavagem das mãos, com água e sabão, estejam disponíveis a menos de cinco metros de todos os banheiros, tanto públicos quanto privados”, opina.

O simples ato de limpar as mãos pode salvar vidas e reduzir doenças, ajudando a prevenir a propagação das patologias infecciosas, já que a prática previne diversas doenças, podendo também ser uma grande arma contra as novas variantes da Covid-19.

Por fim, Suely salienta que a higienização das mãos é essencial para a saúde e traz significativos benefícios para à saúde de toda a população, e também para a economia.

*Informações Assessoria de Imprensa