Universidade, carreira, estabilidade financeira são metas traçadas e que desejam ser alcanças pelas mulheres antes da gravidez. Porém, como já dizia o poeta Cazuza, o tempo não para e com o sexo feminino o tempo é ainda um pouco mais “cruel”. A partir dos 35 anos, já começa a falência da fertilidade.
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O momento que cada mulher deseja engravidar é importante, precisa acontecer quando ela se sente pronta para tal decisão. “Mas é fundamental ter conhecimento das possíveis dificuldades que podem acontecer com a postergação da gravidez. A orientação é procurar o acompanhamento de ginecologista especialista em fertilidade e um endocrinologista, que poderão avaliar as possibilidades, como o congelamento de óvulos, por exemplo, para que essa postergação seja segura”, comenta a endocrinologista Lorena Lima AmatoAMP.
Não são apenas os hormônios ovarianos que interferem no momento de engravidar, os tireoidianos, adrenais e da hipófise também. A tireoide, por exemplo, produz dois hormônios: a tri-iodotironina (T3) e a tiroxina (T4). Esses hormônios são essenciais para a saúde da mãe e do feto na gestação.
No início da gravidez, há o desenvolvimento neurológico do bebê e isso depende de níveis adequados de hormônios tireoidianos. Enquanto a tireoide do feto não está totalmente formada (o início se dá a partir da 8a semana de gestação) ele depende totalmente do hormônio materno. “Na mãe, as disfunções da tireoide podem alterar a pressão arterial e aumentar o risco de abortos e partos prematuros”, conta Lorena.
A especialista explica que a menopausa ocorre em torno dos 51 anos, mas 10 anos antes começa a queda dos níveis hormonais. Até a menopausa é possível engravidar, mas as chances diminuem drasticamente porque os ciclos ovulatórios ficam cada vez menos frequentes.
A partir dos 40 anos a mulher já pode entrar na menopausa, não é a chamada menopausa precoce, mas sim um pouco antes do que o normal.
Lorena explica que, eventualmente, uma mulher com um pouco mais de idade precisará de uma dose de progesterona para ajudar no momento da gravidez, na implantação do embrião, mas a reposição hormonal não ajudará a engravidar. “No entanto, se você receita o estrogênio, dependendo da dose, que é o hormônio que usado na terapia de reposição hormonal, ele pode inibir a gravidez”, ressalta a especialista.
Além das dificuldades em engravidar, a médica aponta outros riscos na gestação tardia. Para o bebê as chances de alterações cromossômicas e síndromes aumentam. Para a mulher o risco de desenvolver o diabetes gestacional, a hipertensão, além de outros fatores que ficam mais complexos com o passar dos anos.
*Informações Assessoria de Imprensa