Ser mãe e pai pela primeira vez é sempre um misto de emoções. Algumas pessoas vão sentir alegria ao receber a notícia da gravidez, outras angústias. Às vezes, tudo vem ao mesmo tempo, mas você não precisa se culpar. Essa é uma situação muito comum, principalmente para quem está vivendo essa experiência pela primeira vez.
Pode até parecer que essa montanha-russa de emoções só acontece com você, mas, dos 233 mil nascimentos que ocorreram no Brasil em março de 2022, muitos pais e mães passaram – e passam – pela mesma situação: um misto de medo misturado com surpresa!
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Como a paternidade e a maternidade são assuntos que trazem muitas dúvidas, juntamos 12 perguntas mais comuns e chamamos a Pediatra e Consultora Médica da Beep, Michelli Rodrigues, para respondê-las. Confira!
O primeiro passo é a grávida começar a frequentar as consultas de pré-natal. Lá, ela vai ter orientações sobre todas as mudanças que o corpo passará nesse período, ver como está sua saúde, além de tirar dúvidas e falar sobre suas preocupações.
É importante que pais e mães cuidem da sua saúde mental para evitar o aparecimento de algumas doenças, como: depressão, fobias, ansiedade, psicose pós-parto (em mulheres), transtorno de estresse pós-traumático, transtorno de pânico, entre outros.
Para cuidar da saúde física, a recomendação é ir ao médico com regularidade, fazer os exames indicados por esse profissional e realizar as vacinas de acordo com o calendário da gestante, puérpera e do adulto. Sobre a saúde mental, o ideal é conversar, fazer terapia e ter uma rede de apoio, pedindo ajuda da família e amigos na divisão das tarefas.
O ideal é que a mulher faça, no mínimo, 6 consultas de pré-natal durante toda a gravidez: no mínimo uma no 1º trimestre, duas no 2º trimestre e três no 3º trimestre. Essas consultas são importantes, pois a gestante e seu bebê serão avaliados em vários aspectos, como o peso, a aferição da pressão arterial, suas condições clínicas, além de saber quais exames e vacinas são necessários nesse período.
O primeiro passo é fazer um plano de parto: documento que une todos os pedidos da grávida relacionados ao momento de dar à luz. Nele, a gestante pode anotar se prefere cesárea ou parto normal e se quer que alguém a acompanhe na hora do nascimento do bebê, por exemplo. O ideal é preenchê-lo logo no início da gravidez e em acordo com o médico(a).
Assim que o bebê nasce, é preciso realizar as vacinas BCG e contra hepatite B. No período entre 2 e 5 dias de vida da criança, deve ser feito o teste do pezinho (triagem neonatal). Esse exame serve para rastrear doenças endócrinas, metabólicas e/ou genéticas.
Se o bebê tem até 6 meses de vida, só amamentar já é suficiente. Depois dessa idade, é mantida a amamentação, mas iniciada também a introdução alimentar, com os diferentes grupos alimentares, como: frutas, legumes, verduras, tubérculos, cereais etc. O ideal é que eles sejam oferecidos amassados e que progressivamente sua consistência aumente, de acordo com as aquisições da criança.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que esses outros alimentos devem ser inseridos na dieta da criança, em média, 3 vezes ao dia (se o bebê ainda estiver mamando) e 5 vezes ao dia (se ele não estiver mais tomando o leite materno).
Outra dica fundamental é evitar dar qualquer alimento ultraprocessado, à base de açúcar, café, fritura, entre outros.
É importante tentar manter a calma. Pode ser dado um banho morno, vestir a criança com roupas leves, hidratar e deixá-la fazer repouso. Você também não deve agasalhar muito o bebê. Caso perceba que a febre ainda não diminuiu, é possível usar remédios antitérmicos, sempre com a orientação do pediatra.
Se a criança estiver com o estado geral bom e agindo normalmente – apesar da febre -, não é necessário ir imediatamente para a emergência. A exceção a essa recomendação ocorre se ela tiver menos de 3 meses, pois os bebês pequenos precisam ser avaliados no consultório pelo pediatra da família ou por algum médico no pronto atendimento.
Crianças com estado geral ruim, enfraquecimento extremo (prostrada) e/ou sem querer/conseguir mamar ou ingerir líquidos precisam ser avaliadas. Em todas essas situações, faça contato com o pediatra da família para ter a orientação dele.
Algumas ações simples recomendadas pela SBP são: dar banho na criança em uma temperatura morna, colocá-la no seu colo, aplicar uma compressa morna na barriga, cobrir (enrolar) em um cobertor/edredom e manta. Caso essa situação persista, a orientação é fazer contato com o médico para uma melhor avaliação.
É importante que os pais tentem manter a calma e, aos poucos, consigam decifrar o motivo desse choro, que pode ser: fome, desconforto pela fralda suja ou por querer evacuar, sensação de frio ou de calor ou vontade de ficar perto dos pais.
Nessas situações, faça contato com o pediatra, pois ele vai avaliar se está tudo bem. Medidas como: oferecer colo, ficar pele a pele com o bebê, colocar sons tranquilizantes e fazer movimentos delicados, como dança, podem ajudar a acalmar a criança.
É muito importante que a mãe tenha uma rede de apoio, principalmente no início da vida do bebê. As demandas da criança nos primeiros três meses de vida, por exemplo, são grandes e cansativas. O bebê está aprendendo a viver fora da barriga da mãe e os pais estão aprendendo a cuidar do seu filho. São muitas novidades e o aprendizado é diário. Receber apoio facilita um melhor cuidado para os pais e o bebê nessa fase.
O recém-nascido é imaturo e tem maior risco de adquirir alguma doença infecciosa do que uma criança mais velha. Além disso, bebês menores de 2 meses ainda não receberam vacinas importantes para sua proteção. Por isso, o ideal é não receber muitas visitas nesse período.
Se quem for visitar estiver com qualquer sintoma de um resfriado, por exemplo, é importante evitar ver o bebê para não correr o risco de passar algum vírus para ele. É essencial também manter a higiene adequada das mãos e uso de máscara, se for do desejo dos pais.
*Informações Assessoria de Imprensa