O envelhecimento é um processo natural da vida, no qual o corpo passa por diversas mudanças, incluindo a perda gradual de mobilidade e flexibilidade. Na terceira idade, essas alterações podem se tornar mais evidentes, afetando a qualidade de vida dos idosos, e muitas vezes limitando as atividades rotineiras, como levantar-se, sentar-se, escovar os dentes, tomar banho, pentear o cabelo e alimentar-se.
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De acordo com Caio Marengoni, fisioterapeuta e Diretor Clínico do Instituto RV, existem várias razões para a diminuição da mobilidade na terceira idade, “Uma delas é a redução da massa muscular e da densidade óssea, o que pode levar a uma diminuição da força e resistência física. Além disso, problemas articulares como osteoartrite e doenças degenerativas como Parkinson podem comprometer a capacidade de movimentação das articulações, resultando em rigidez e dor”, resume.
O especialista ainda explica que muitos idosos se tornam mais sedentários devido a condições de saúde, medo de quedas ou simplesmente por falta de incentivo, mas ressalta “O sedentarismo apenas agrava o problema, levando a uma diminuição ainda maior da mobilidade e aumentando o risco de desenvolver outras complicações de saúde”.
Todos sabemos que o envelhecimento é inevitável e não dá para correr dele, mas é possível abraçá-lo de maneira saudável, adotando práticas que promovem uma qualidade de vida mais elevada – Isso inclui uma prática regular de exercícios físicos, como aeróbicos, fortalecimento muscular e flexibilidade, para manter a mobilidade e prevenir lesões. Além disso, a adoção de uma alimentação equilibrada, um controle do peso, sono adequado e manejo do estresse, são pontos fundamentais para o bem-estar geral.
Junto a isso, a fisioterapia na terceira idade aparece como uma aliada, trabalhando diretamente na reabilitação de distúrbios musculoesqueléticos, ajudando os idosos a manterem ou recuperarem sua capacidade de movimentação. “Através de exercícios terapêuticos, alongamentos, técnicas de mobilização e outras intervenções, a fisioterapia pode melhorar a flexibilidade, a força muscular e a coordenação motora dos pacientes idosos”, pontua Marengoni, que complementa: “Mas é importante lembrar que os idosos não possuem a mesma energia e vitalidade dos jovens. Portanto, qualquer movimento é benéfico, mas é crucial ter cautela. Uma rotina de exercícios adaptada e medida às suas condições individuais é essencial”.
Ainda de acordo o especialista, a fisioterapia deve ser tratada como um tratamento preventivo, “Antes mesmo de os idosos apresentarem sintomas, a fisioterapia preventiva deve ser adotada, visto que ela pode ajudar a identificar e corrigir desequilíbrios musculares, melhorar a flexibilidade, fortalecer os músculos, melhorar a postura e a coordenação”, explica.
Mas em casos onde os sintomas já persistem, ela é indicada quando há dor, sensação de membro pesado, caminha lenta e tropeços, cansaço respiratório, dificuldade ao subir escadas, dificuldade de levantar-se e sentar-se da cadeira, dificuldade de movimentar-se na cama, falta de equilíbrio, tontura, zumbido e sensação de fraqueza.
*Informações Assessoria de Imprensa
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