Diversão off-line: como manter crianças longe das telas

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2023-08-09 | 21:00h
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2023-08-09 | 16:27h
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Saúde Debate
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(Foto: Freepik)

Há algum tempo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras instituições mundo afora vêm emitindo alertas a respeito do tempo gasto por crianças e adolescentes em frente às telas de aparelhos eletrônicos. É uma discussão já gasta, mas que parece cada dia mais distante de acabar, visto que o apelo dos meios digitais junto a esse público é especialmente difícil de ser combatido. Mas, com um pouco de criatividade, pais e responsáveis podem vencer essa batalha.

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Uma das dicas é estimular a realização de atividades físicas, seja dentro de casa ou ao ar livre. De acordo com a gerente de Formação do Sistema Positivo de Ensino, Alessandra Samaan, manter os pequenos em movimento é indispensável para combater o sedentarismo e garantir um desenvolvimento adequado em todas as fases da vida. “Estudos recentes demonstram que o tempo gasto em frente às telas é prejudicial à saúde porque ocasiona um excesso de estímulos. Isso vale para os smartphones, a televisão, os tablets e os videogames”, explica. A recomendação da OMS é de que menores de dois anos de idade não tenham acesso a telas em momento algum do dia. Entre os dois e os cinco anos, o tempo máximo deve ser de uma hora por dia e, dos seis aos dez anos, de duas horas por dia.

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Aliadas ao tempo reduzido de exposição aos eletrônicos devem estar, ainda, uma alimentação saudável e adequada à idade, bem como a manutenção de uma boa rotina de sono. “Quando falamos em qualidade do sono, as telas podem ser grandes vilãs, principalmente quando utilizadas à noite. A luz emitida pelos aparelhos atrapalha, nesse sentido, e atrapalha muito no desenvolvimento infantil”, afirma. Combater esse mal pode se tornar mais fácil seguindo algumas dicas que levam em conta as diferentes faixas etárias.

Entre dois e três anos de idade

A criatividade precisa ser o fio condutor de toda e qualquer atividade proposta às crianças e adolescentes. Isso porque o desafio é superar o interesse que eles têm nas telas extremamente atraentes dos smartphones e videogames. Uma boa ideia pode ser utilizar caixas de papelão de vários tamanhos para construir cenários de teatro ou circuitos que possam ser percorridos por crianças de dois a três anos de idade. Elas podem até mesmo ajudar na construção desses “brinquedos”, o que já se torna parte da brincadeira. Atividades antigas, como “estátua” e “morto-vivo” também são recomendadas, porque estimulam a movimentação corporal, ajudando a ganhar coordenação motora e equilíbrio.

Entre quatro e cinco anos de idade

Materiais recicláveis são uma excelente fonte de diversão, quando bem utilizados. Uma boa ideia é manter uma caixa com esses materiais disponíveis, além de tinta, massinhas e papéis de diferentes tamanhos e texturas. Assim, os pequenos podem soltar a imaginação e construir bonecos, robôs, carros, entre outros. Propor atividades que envolvam dança, corrida e outros movimentos corporais, como “esconde-esconde” e “pega-pega”, é uma maneira divertida de mantê-los ativos.

Entre seis e oito anos de idade

Nessa fase da vida, as crianças começam a ter uma compreensão mais complexa do mundo que as cerca. Por isso, uma boa alternativa pode ser a troca de experiências com os pais, irmãos mais velhos, tios e avós a respeito das brincadeiras que faziam sucesso em outros tempos. Depois do papo, toda a família pode se envolver na reprodução de algumas dessas brincadeiras, o que, além de contribuir para manter as crianças em movimento, ajuda a trazer um momento de diversão em família.

Entre nove e 12 anos de idade

Aqui as crianças entram em uma fase que pede ainda mais dedicação dos pais e responsáveis. Afinal, as telas são cada vez mais utilizadas pelos amigos da escola, por exemplo, e qualquer atividade que vá competir com elas precisa chamar a atenção. Treinar coreografias é um exemplo de atividade que coloca o corpo em movimento e pode ser atraente nessa faixa etária. Elástico, corda e jogos com bola, como a queimada ou bobinho, também podem ser incentivados.

Depois dos 12 anos de idade

Quanto mais velha a criança, mais difícil mantê-la afastada dos aparelhos eletrônicos, que estão ao alcance das mãos não apenas dentro de casa, mas também nas casas dos amigos e até mesmo na escola. Mas, na adolescência, o excesso de telas é especialmente perigoso e está associado ao desenvolvimento de transtornos de ansiedade. Para evitar esse problema, a saída pode ser estimular a descoberta de esportes que funcionem como hobbies, como o skate, a patinação e a bicicleta, entre outros. Participar de treinos de futebol e outros esportes coletivos também é uma forma de conviver com adolescentes da mesma idade e, assim, desenvolver boas habilidades de relacionamento.

*Informações Assessoria de Imprensa

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