Descobri o Banho de Floresta, ou Shinrin-yoku, em japonês, há pouco tempo e quero compartilhar essa técnica com você.
A técnica do Banho de Floresta foi desenvolvida no Japão em 1982 por iniciativa do governo japonês que buscava incentivar as pessoas a saírem de casa e passarem algum tempo junto da natureza, mas tomou uma dimensão muito maior.
O Banho de Floresta teve a ideia inicial no senso comum das pessoas de que estar na natureza faz bem ao corpo e à mente – porque não dizer à alma também?!
Você já parou para analisar a sensação de bem-estar depois de visitar um parque com áreas verdes? Isso mesmo, pode ser simples assim: o hábito de visitar parques ou fazer caminhadas regulares em áreas arborizadas é suficiente para você sentir os benefícios no corpo e na mente segundo o médico japonês Qing-Li, autor dos livros “Shinrin-yoku: A arte japonesa da terapia da floresta” e “Forest Bathing: How trees can help you find health and happiness“.
Mas não é porque é simples que não existe uma técnica que possa ser aplicada para potencializar esses benefícios. A técnica do Banho de Floresta propõe uma experiência meditativa, em silêncio, observando o entorno e com exercícios muito semelhantes aos adotados pela meditação mindfulness.
A sessão de Banho de Floresta começa em uma área verde como um parque ou floresta, com exercícios para acalmar a mente, observar o ambiente a sua volta e caminhar a passos lentos com atenção plena, ou seja, deixando todos os sentidos atentos.
O benefício do Banho de Floresta é imediato e isso me fascina. Não é a toa que hoje essa técnica (ou terapia) é usada como forma de medicina preventiva.
Em seus estudos, Qing-Li lista que o banho de floresta reduz a produção de cortisol, principal hormônio causador do estresse, diminui a pressão arterial, além dos sintomas de ansiedade, fadiga e irritação. A prática ainda aumenta o sistema imunológico, melhora concentração e melhora o sono após uma caminhada de cerca de duas horas na floresta.
Você concorda comigo que é tudo que precisamos nesses dias de pandemia?
* Ana Wanke é curitibana, engenheira e trabalhou por 20 anos no setor elétrico com projeto de Usinas Hidrelétricas. Em 2012 resolveu realizar um projeto que já vinha elaborando há muito tempo: dar oportunidade a mais pessoas de conectarem-se com a natureza, de maneira mais intensa e em roteiros personalizados. Trocou a carreira de engenheira pela carreira de guia e fundou a empresa Ana Wanke Turismo e Aventura. Especializou-se em caminhadas e no Caminho de Santiago, pelo qual recebeu a honraria de Dama da Ordem do Camino de Santiago em setembro de 2019.
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