Ansiedade de início de ano: até que ponto é “normal” ou patológica?

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(Foto: Freepik)

A frase “depois do Carnaval eu resolvo a minha vida” é famosa no Brasil, e muitas pessoas realmente procrastinam e deixam para colocar os planos do Ano Novo em ação somente depois da data, seguindo à risca essa mentalidade. O problema é que o início de ano é uma época típica em que a ansiedade pode surgir, ou aumentar em quem já convive com esse problema.

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De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), 9,3% da população brasileira sofre de ansiedade, deixando o país em 1º lugar no ranking dos mais ansiosos. “Estamos falando de um transtorno mental, ou seja, de uma doença, que afeta grande parte da população e diminui consideravelmente a qualidade de vida dessas pessoas”, comenta Ariel Lipman, médico psiquiatra e diretor da SIG – Residência Terapêutica.

O transtorno mental pode ser grave se não acompanhado e tratado, no entanto, existe um outro lado da ansiedade, em que ela é considerada “transitória”, e não uma doença. “Todo mundo passa por situações em que desencadeiam uma ansiedade, é normal, por exemplo, a pessoa não conseguir dormir antes de uma prova importante”, comenta o especialista.

Afinal, até que ponto a ansiedade é normal?

A “ansiedade normal”, ou melhor, ansiedade não patológica, faz parte da vida de qualquer pessoa, causando sintomas, segundo Lipman, como dilatação da pupila, aumento de frequência cardíaca e respiratória e até mesmo insônia.

“Os sintomas podem ser parecidos com os da ansiedade patológica, o que muda é a intensidade e a frequência. Nosso corpo tem um limite e se os sintomas negativos começam a se apresentar corriqueiramente, é necessário procurar ajuda”, explica.

Ou seja, quando essas alterações passam a fazer parte da vida da pessoa com muita frequência, de forma intensa e duradoura, atrapalhando sua qualidade de vida, ela pode significar um transtorno mental.

Causas e sintomas

São diversas as causas da ansiedade, podendo ocorrer por problemas familiares, desequilíbrios cerebrais, traumas, entre outros. Os sintomas também variam e podem ser tanto físicos quanto psíquicos. “Esses pacientes podem ter tensão muscular, taquicardia ou palpitações, dor no peito, transpiração em excesso, dor de cabeça, tontura, além de sensação de desrealização, quando o ambiente parece todo diferente, ou sensação de despersonalização, quando a pessoa parece não se reconhecer mais”, resume o médico psiquiatra.

Ele alerta que é fundamental ficar sempre atento a esses indícios e, caso necessário, procurar ajuda especializada o quanto antes for possível.

*Informações Assessoria de Imprensa

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