7 sinais de depressão na gravidez: saiba identificar e buscar ajuda

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(Foto: Freepik)

A depressão na gravidez é mais comum do que no pós-parto e pode afetar 1 em cada 4 gestantes, segundo a psicóloga perinatal Rafaela Schiavo, fundadora do Instituto MaterOnline e autora de centenas de trabalhos científicos sobre as alterações emocionais maternas no Brasil. Se não identificados a tempo, os sintomas podem se agravar após o nascimento do bebê.

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“Durante a gestação, todos acham que essa mulher está plena e feliz, e a saúde mental acaba sendo deixada de lado. Muitas vezes, os sintomas de depressão começam nesta fase, mas não são percebidos, e o quadro acaba se cronificando no pós-parto”, explica Rafaela Schiavo.

Veja os 7 principais sinais de depressão na gravidez, segundo a especialista:

  • Tristeza constante
    Uma sensação profunda de tristeza e desânimo, que persiste por dias ou semanas.
  • Perda de interesse nas atividades
    Atividades que antes traziam prazer deixam de ter significado ou motivação.
  • Cansaço extremo
    Um esgotamento físico e mental que vai além do esperado na gravidez.
  • Alterações no sono e no apetite
    Insônia, sono excessivo ou mudanças bruscas no apetite, como comer demais ou quase nada.
  • Ansiedade excessiva
    Preocupações intensas, muitas vezes irracionais, que ocupam a rotina da gestante.
  • Sentimentos de culpa ou inadequação
    Sensação de não ser boa o suficiente ou de estar falhando de alguma forma.
  • Pensamentos negativos recorrentes
    Incluindo sentimentos de desvalia ou, em casos graves, pensamentos suicidas.

Por que é importante cuidar da saúde mental na gestação?

A psicóloga perinatal Rafaela Schiavo destaca que o pré-natal psicológico pode ajudar a identificar e tratar os sintomas precocemente. “Cuidar da saúde mental desde a gestação ajuda a prevenir problemas no pós-parto e fortalece a mãe para os desafios futuros”, explica.

A especialista também reforça que a depressão não é um fracasso pessoal, mas uma condição de saúde que precisa ser acolhida e tratada. Outro ponto importante, segundo Rafaela, é que a saúde mental da gestante impacta diretamente no bebê.  “Ao cuidar da saúde mental das mães, cuidamos também da saúde dos bebês. Mais de 30% das crianças brasileiras apresentam atrasos no desenvolvimento antes de completar um ano, e isso pode estar relacionado ao bem-estar emocional da mãe”.

A Lei 14.721, que amplia o atendimento psicológico às gestantes e mães pelo Sistema Único de Saúde (SUS), prevê ações de conscientização sobre a saúde mental materna em hospitais e unidades de saúde públicas e privadas. No entanto, de acordo com Rafaela, a falta de profissionais especializados ainda é um desafio. “Menos de 1% dos psicólogos no Brasil atuam na área perinatal, e precisamos mudar isso para atender à demanda das gestantes e puérperas”, conclui.

*Informações Assessoria de Imprensa

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