A Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, ligada à Universidade de São Paulo (USP), informou que existe a possibilidade de reinfecção pelo novo coronavírus, causador da Covid-19. A instituição também ressaltou que a condição de reinfecção é rara.
A afirmação foi feita nesta quinta-feira (5 de agosto) depois que houve a identificação de recorrência de Covid-19 em uma técnica de enfermagem, de 24 anos. Ela testou positivo para o novo coronavírus duas vezes em um período de 50 dias. Ainda segundo informações da assessoria de imprensa, a profissional ainda tem sintomas, como dor de cabeça, que apareceu na segunda infecção pelo coronavírus e já dura há cerca de um mês.
Para pesquisadores da faculdade, a constatação de reinfecção pelo novo coronavírus tem implicações clínicas e epidemiológicas, que precisam ser analisadas pelas autoridades em saúde.
O estudo divulgado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto aponta que a técnica de enfermagem teve contado com um colega de trabalho infectado no dia 4 de maio. Ela apresentou sintomas de Covid-19 dois dias depois, como mal-estar, dores de cabeça, dores de garganta e febre. Ela fez o exame RT-PCR no quarto dia após os primeiros sintomas. O teste deu negativo. Como as manifestações continuaram, ela repetiu o exame cinco dias depois, quando houve o resultado positivo.
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Reinfecção pelo novo coronavírus
No dia 27 de junho, quando a técnica de enfermagem já tinha voltado ao trabalho, ela apresentou sintomas novamente, incluindo febre, mal-estar, dores de cabeça, dores musculares, dores de garganta. Além disso, perdeu o paladar e o olfato. Desta vez, ela teve diarreia e tosse. Apesar dos sintomas, ela não ficou internada.
No dia 2 de julho, ela fez um novo exame RT-PCR e testou positivo. A maior parte das manifestações sumiram depois de 12 dias, mas até o dia 5 de agosto ela ainda sentia dores de cabeça e sinusite.
Dois familiares da técnica em enfermagem também tiveram a doença.