Quais os sintomas da dengue e como posso preveni-la?

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(Foto: Arquivo / EBC)

A grande número de casos de dengue registrado no país em 2022 reforça a necessidade de prevenção à doença e reconhecer quais são os sintomas da dengue. Assim, é possível agir com rapidez suficiente para um bom tratamento. Somente o Paraná registrou, entre agosto de 2021 e julho deste ano, 74 mortes por dengue, 126.507 casos confirmados e outros 14 mil em investigação, conforme os últimos dados da Secretaria de Estado da Saúde. 

No ambiente urbano, uma das formas de prevenção à dengue está no combate da proliferação do mosquito Aedes aegypti. A transmissão da dengue não se dá por meio do contato da pessoa infectada para outra pessoa, e sim por meio da picada deste mosquito. Para evitar todas essas doenças, temos que continuar monitorando e removendo potenciais criadouros para que não haja a proliferação do mosquito. Não jogar lixos em terrenos baldios, manter água da piscina sempre tratada, lavar e trocar a água dos bebedouros dos animais por pelo menos uma vez por semana, manter o quintal limpo recolhendo lixos e detritos e  manter os lixos bem fechados são exemplos de ações. Além da dengue, o mosquito pode transmitir os vírus causadores da Zika e chikungunya. 

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“Quando as pessoas passam a sair do domicílio para as atividades rotineiras, deixam de cuidar tão bem e passa a ter um maior número de criadouros dentro das casas. É muito importante que todos entendam que mais de 90% dos criadouros do Aedes aegypti estão dentro do domicílio. Então, cada um tem que cuidar do seu lar para que assim a gente consiga diminuir a população do mosquito e diminuir o risco de epidemias”, destaca André Ribas, epidemiologista e consultor científico da A CASA, espaço construído em 2022 para abrigar os profissionais que atuam como Agente Comunitário de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE). É uma iniciativa do IPADS em parceria com o CONASEMS, CONACS e a Fundação Johnson & Johnson. 

Vem chamando atenção o fato de os casos de dengue “ultrapassarem” o período de verão. A médica infectologista do Eco Medical Center, em Curitiba (PR), Viviane de Macedo, explica que a dengue tem ciclos e um dos motivos do aumento de casos se deve as fortes chuvas que ocorreram no final de 2021 e início desse ano. “Isso porque os mosquitos depositaram seus ovos que acabaram eclodindo e vimos os casos aumentarem. Os anos de 2020 e 2021 foram períodos muito secos, inclusive com racionamento de água em diversas cidades do país. Quando vieram as chuvas o cenário mudou”, explica.

“Em geral, o verão é a época mais propícia para uma luz vermelha acender em relação aos casos de dengue, zika e chikungunya. Altas temperaturas e chuvas favorecem o aumento da população do vetor com um duplo resultado: em contato com a água das chuvas, os ovos colocados há semanas ou meses podem eclodir e dar origem a milhares de novos mosquitos transmissores. Ao mesmo tempo, com as chuvas, aumenta a oferta de criadouros para as fêmeas do Aedes colocarem seus ovos”, explica Márcia Lima Dantas, Infectologista consultora do Minuto Saudável.

Sintomas da dengue e tratamento

Os sintomas da dengue são febre alta (39ºC a 40ºC), de início repentino, associada à dor de cabeça, prostração, dores musculares, nas juntas e atrás dos olhos, vermelhidão no corpo (exantema) e coceira. “Perda de apetite, náuseas, vômitos e diarreia não volumosa podem estar presentes, mas são menos frequentes”, explica a especialista. 

Segundo a médica, o diagnóstico correto se dá por meio de exame clínico seguido de exames laboratoriais. “Especificamente sobre dengue, a infecção ocorre em três fases. A fase febril, que ocorre com o aumento da quantidade viral, é associada a sintomas inespecíficos. Essa fase se resolve em três dias. Na fase crítica, ocorre o aumento da permeabilidade dos vasos do organismo, o que pode desencadear complicações. É nessa fase, quando a febre não aparece mais, que podem ocorrer sinais de que a infecção está evoluindo para um quadro grave, portanto é indispensável realizar acompanhamento médico. E na fase de recuperação, há aumento na quantidade urinária e a resolução dos sintomas característicos do estágio crítico”, descreve Márcia.

“O atendimento médico deve ser iniciado assim que aparecerem os primeiros sintomas da dengue, pois, com o devido acompanhamento profissional, é possível identificar sinais de agravamento da doença. E é importante ressaltar que nos casos de dengue não é recomendado o uso do ácido acetil salicílico (AAS), devido ao risco de hemorragia. Os medicamentos precisam ser prescritos pelo médico. É preciso fazer repouso absoluto e beber bastante água”, afirma a especialista.

* Com informações das assessorias de imprensa

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