Epidemia de dengue no Paraná deixa população em alerta

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(Foto: Venilton Kuchler/Arquivo SESA)

Os casos de dengue aumentaram assustadoramente em várias cidades do Paraná e colocaram as autoridades de saúde e a população do estado em alerta. Tanto que o estado está em epidemia de dengue.

Segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), o Paraná contabiliza 21 óbitos e 150.752 casos notificados, com 56.191 confirmações, desde o início do atual período sazonal da doença, em agosto de 2021. Os óbitos ocorreram nas cidades de Matinhos, Cafelândia, Cascavel, Terra Boa, Loanda, Nova Londrina, Maringá, Toledo e Telêmaco Borba.

Entre as causas desse aumento significativo de casos está o clima. As chuvas intensas e prolongadas que têm atingido todo o país nos últimos meses contribuíram para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, resultando na situação de epidemia de dengue. O mosquito deposita os seus ovos em locais que acumulam água. O fato de o país ter enfrentado recentemente uma epidemia de influenza H3N2, além do surto da variante Ômicron da COVID-19, também prejudicou os sistemas de vigilância da dengue em todo o país.

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Principais sintomas

O médico Jaime Rocha, cooperado da Unimed Curitiba e especialista em infectologia, explica que a dengue se manifesta como um quadro febril, agudo, acompanhado de muita dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares fortes e manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. “A doença pode variar de sintomas muito leves a graves, seguido da forma hemorrágica. No caso da dengue hemorrágica, nem sempre o sangramento é aparente. Em muitos casos, há um extravasamento do sangue dos próprios vasos e a pressão arterial fica muito baixa”, completa.

O infectologista alerta que é preciso buscar o diagnóstico a qualquer sinal ou suspeita da doença, para que o monitoramento se inicie o quanto antes. “Quando a dengue está na fase aguda, normalmente são realizados exames de antígeno para identificar a presença do vírus. Se os sintomas persistem há mais de uma semana, opta-se pela sorologia”, explica.

Não há nenhum tratamento específico para a dengue, mas o que pode ser feito é um tratamento suportivo, à base de muita hidratação e o uso de medicamentos para aliviar os sintomas e o sofrimento do paciente. O monitoramento de casos graves é de extrema importância, já que pode haver necessidade de internamento em UTI. Os casos graves podem ocorrer desde a primeira infecção, mas o mais comum é que estejam associados à reinfecção por outros sorotipos.

Prevenção da doença

A dengue preocupa sempre, mas a atenção deve ser redobrada em um período de epidemia de dengue. Em relação à vacina, ela é recomendada apenas para quem já teve caso confirmado de dengue anteriormente. “Definitivamente, a vacina ainda não está indicada para todas as pessoas. Mesmo assim, ela é um primeiro passo muito importante para se chegar a uma vacina ideal que irá beneficiar toda a população, explica Rocha.

O combate ao mosquito continua sendo a nossa principal ferramenta de proteção contra os surtos de contágio. “A proteção contra os criadouros de mosquitos é uma ação coletiva. A ação individual, é claro, ajuda, como o uso de telas protetoras e repelentes, mas isso tudo tem que ser usado em conjunto para que tenhamos um combate efetivo.

Para mais informações sobre os perigos da doença, confira a live disponível no Instagram da Unimed Curitiba com a participação do infectologista Jaime Rocha: https://www.instagram.com/unimedcuritibaoficial/.

Acompanhe mais informações sobre a Unimed Curitiba aqui

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