
As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) e os transtornos de saúde mental seguem como desafios globais crescentes — e também economicamente onerosos. Segundo dados recentes da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), essas condições poderão causar perdas de mais de US$ 7 trilhões até 2050 na América do Sul, o equivalente a 4% do PIB da região.
Diante deste cenário, investir na prevenção de doenças como diabetes, doenças cardiovasculares e câncer torna-se essencial tanto para salvar vidas quanto para reduzir o impacto sobre os sistemas de saúde e a sociedade. De acordo com um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2018, para cada US$ 1 investido na ampliação de ações para tratar as DCNTs em países de baixa e média renda, há um retorno à sociedade de pelo menos US$ 7, devido ao aumento de empregos, produtividade e longevidade.
A ampliação do acesso à vacinação e o estímulo à prevenção ao longo da vida — da infância à terceira idade — são considerados pilares para a construção de sistemas de saúde mais sustentáveis e resilientes. De acordo com pesquisa realizada em 2022, cada R$ 1 investido em vacinação pode gerar uma economia de até R$ 9 em gastos com tratamentos, internações e perdas de produtividade. Em um cenário de envelhecimento populacional e aumento da incidência de doenças crônicas e infecciosas, as vacinas seguem como uma das ferramentas mais custo-efetivas para evitar hospitalizações, reduzir desigualdades em saúde e melhorar a qualidade de vida da população.
Inovação e tecnologia são aliadas da prevenção ao tratamento
Para vencer as barreiras da saúde, a tecnologia e a inovação são aliadas. O uso da inteligência artificial no diagnóstico, por exemplo, já uma realidade no Brasil. Os exames menos invasivos e diagnósticos de alta precisão que utilizam essa tecnologia são ferramentas fundamentais para detectar doenças em estágios iniciais. Essa abordagem não só melhora as taxas de sucesso no tratamento, mas também reduz a necessidade de internações prolongadas e procedimentos de alto custo, aliviando o impacto econômico no sistema de saúde.
“Investir em diagnóstico precoce e inovação médica não é apenas uma questão de eficiência clínica, mas uma estratégia essencial para a sustentabilidade do sistema de saúde. Tecnologias avançadas podem melhorar o desfecho clínico, reduzir custos hospitalares, aumentar a produtividade das equipes e garantir tratamentos mais assertivos desde o início”, comenta Adriana Costa, Diretora Geral da Siemens Healthineers na América Latina.
O mesmo vale para os tratamentos. Uma cirurgia minimamente invasiva, como a Trombectomia Mecânica, incorporada no SUS em 2021 e oferecida em 2023, é um exemplo de custo-efetividade proporcionado pela tecnologia. Usada para tratar o AVC, uma das doenças que mais matam ou incapacitam as pessoas, a técnica devolve a capacidade funcional do paciente, minimizando o impacto econômico e social que as sequelas de um AVC podem causar ao paciente e toda a sua família.
De acordo com levantamento realizado pela equipe do Joinvasc, programa público de tratamento do Acidente Vascular Cerebral (AVC) de Joinville (Santa Catarina), uma referência internacional no acompanhamento e tratamento de doenças cerebrovasculares, o custo médio das consequências de um AVC por pessoa/ano é de R$ 134 mil no Brasil. Conforme o programa, 70% desses gastos recaem sobre os pacientes, familiares e a comunidade.
“Quando pensamos que, todo os anos mais de 12 milhões de pessoas têm algum tipo de AVC no mundo, entendemos o quanto é fundamental que novas abordagens, como a da trombectomia mecânica, estejam à disposição da população. Além de todo o impacto para o paciente, a família também acaba sendo afetada. Por isso, o preço da tecnologia na saúde precisa ser avaliado pensando em um contexto mais amplo e não apenas pelo custo de um dispositivo ou equipamento em si”, analisa Gisela Bellinello, VP da Medtronic no Brasil”, analisa Gisela Bellinello, VP da Medtronic no Brasil.
*Informações Assessoria de Imprensa