O Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), que monitora os 63 hospitais que fazem parte do plano estadual de enfrentamento à Covid-19, alertou nesta segunda-feira (15 de março) para o risco do desabastecimento de medicamentos utilizados para a intubação.
O painel atualizado nesta segunda-feira pelo Cemepar aponta que o estoque de bloqueadores neuromusculares, que são os relaxantes usados para auxiliar na ventilação mecânica, deve durar para mais três dias, ou seja, até o dia 18 de março, na maioria dos hospitais. O estoque dos sedativos e de analgésicos deve abastecer os hospitais por mais oito dias, ou seja, até o dia 23 de março.
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“A situação é muito crítica. Estamos monitorando desde o início da pandemia a utilização de 25 medicamentos. Mas já chegamos num ponto em que as dificuldades são até de medicamentos para intubação. Os leitos estão cheios, estamos fazendo um grande esforço para ampliar um pouco mais os leitos de UTI. No entanto, já corremos o risco de findar a medicação”, disse o secretário de estado da Saúde Beto Preto.
Com a evolução da pandemia da Covid-19 no Brasil, todos os estados registraram aumentos expressivos na demanda pelos medicamentos que fazem parte do kit intubação, utilizados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde. O acompanhamento semanal do estoque e consumo nas UTIS SUS exclusivas Covid-19 começou em 22 de junho de 2020, por meio de um questionário eletrônico preenchido pelos hospitais e que indicam a demanda.
“A Sesa avalia e estuda a possibilidade de aquisição destes medicamentos diante da situação que é considerada a mais crítica do período da pandemia, como aquisição por meio de Ata de Registro de Preços do MS e da Sesa; realização de pregões eletrônicos e tratativas junto aos laboratórios fabricantes para a compra emergencial de sedativos, analgésicos e bloqueadores musculares”, afirmou o chefe de gabinete da Sesa, César Neves.
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