Novo coronavírus: Ministério da Saúde confirma 234 casos no país

O Ministério da Saúde confirmou 234 casos do novo coronavírus no país. O balanço foi divulgado na tarde desta segunda-feira (16 de março). São Paulo é o estado responsável por mais da metade dos casos (152). Em seguida vêm Rio de Janeiro (31), Distrito Federal (13), Santa Catarina e Paraná (6) e Minas Gerais (5). 

Já os casos suspeitos ultrapassaram os 2 mil, chegando a 2.064. São Paulo lidera com 1.177, seguido por Rio Grande do Sul (119), Santa Catarina (109), Distrito Federal (107) e Rio de Janeiro (96).

Os descartados ficaram em 1.624, segundo o Ministério da Saúde. Ainda não foram notificadas mortes em razão da doença. Já não há nenhuma unidade da federação sem casos confirmados ou suspeitos. 

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Ampliação de testes

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou nesta segunda-feira (16) que os países ampliem realização de testes em pacientes com sintomas do novo coronavírus e fortaleçam ações de isolamento daqueles com suspeita de infecção.

Na avaliação da entidade, que coordena os esforços globais de prevenção e combate à pandemia, tão ou mais importante que adotar medidas de redução da circulação e aglomeração de pessoas é assegurar os exames e o isolamento.

O diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou a importância das duas iniciativas para evitar a ampliação da circulação do vírus. “A forma mais eficaz de salvar vidas é quebrar a cadeia de transmissão. E para fazer isso precisa testar e isolar. Não se pode apagar a fogo cego. Não conseguiremos parar a pandemia se não soubermos quem está infectado. Temos uma simples mensagem: testem, testem, testem. Todos os casos suspeitos. Se eles derem positivo, isolem”, declarou.

A testagem deve abranger tanto pessoas que apresentem sintomas quanto aquelas que tiveram contato com casos confirmados. Além disso, a organização assinalou a necessidade de os países investirem na construção e ampliação de laboratórios de modo a aumentar a capacidade geral de testagem de suas populações.

A chefe técnica do Programa de Emergências de Saúde da OMS, Maria Van Kerkhove, acrescentou que a estrutura de exames é importante porque em determinadas situações será necessário repetir os testes.

“Recomendamos testes repetidos, pois há possibilidades de falsos negativos. Mas especialmente com pessoas com link epidemiológico, se tem alta suspeita e contato confirmados, é importante fazer um novo teste para aumentar chance de identificar”, sugeriu.

Isolamento

Com relação aos isolamentos, os representantes da entidade manifestaram preocupação pelo fato de parte dos países já ter excedido a capacidade para casos leves. A OMS recomenda que outras instalações sejam utilizadas, direcionando aos hospitais apenas os casos mais graves em tratamento.

Nos casos de isolamento domiciliar, a OMS alerta para cuidados básicos, em especial, a quem está imbuído da função de cuidar de pessoas com sintomas. “Cuidadores devem usar máscara quando estiverem na mesma sala. O paciente deve usar banheiro próprio e ficar em quarto específico. O cuidador deve lavar a mão após qualquer contato com paciente ou ambiente onde este está. Essas medidas devem continuar por pelo menos até duas semanas após o vírus desaparecer”, explicou Tedros Adhanom Ghebreyesus.