Mercado tem um ano para se adaptar à norma que exige controle de temperatura de medicamentos em transporte

    Atento às novas diretrizes da Agência Nacional de Vigilância Santiária (Anvisa) que enrijecem as normas para monitoramento e controle de temperatura toda a logística de transporte de produtos farmacêuticos (armazenamento, distribuição e transporte), incluindo vacinas, o mercado busca a adaptação. Há o prazo de um ano para isso.

    O item que mais impactará a distribuição de medicamentos, segundo Liana Montemor, Diretora Técnica e de Estratégia Cold Chain do Grupo Polar – especializado no desenvolvimento de soluções específicas que garantem a integridade térmica do produto se mobiliza para respaldar o mercado nas adequações -, é o que se refere à obrigatoriedade do mapeamento térmico e de umidade das rotas de transporte para os produtos.

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    A Resolução RDC 430/2020 (confira aqui na íntegra), publicada pela Agência já na segunda quinzena de março, exigirá um esforço de toda a cadeia de transporte de medicamentos e produtos farmacêuticos no período de um ano até que passe a valer efetivamente.

    O grupo promoveu um webinar para mais de 200 participantes sobre o tema. Na ocasião, o gerente de inspeções da Anvisa, Felipe Gomes, responsável pelas últimas atualizações da norma, respondeu a perguntas dos players participantes ao lado de Liana.

     

    O tema se torna ainda mais relevante diante do momento crucial com a pandemia da Covid-19 e, por isso, o olhar de toda a logística é voltado ao consumidor. “É um desafio controlar e monitorar a temperatura dos medicamentos e das vacinas durante o trajeto, justamente porque o Brasil é um país tropical”, explica Liana. Ela exemplifica que todos os medicamentos que vemos nas prateleiras das farmácias passam a ser incorporados à norma, o que certamente exigirá adequações importantes.

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