Julho Amarelo: prevenção do câncer nos ossos

julho amarelo
(Foto: jcomp / Freepik)

Julho é o mês destinado à conscientização sobre o câncer dos ossos e, principalmente, sobre a importância da realização do diagnóstico precoce para esse tipo de tumor. Este é o tema da campanha Julho Amarelo. O pediatra, o clínico, o ortopedista e o próprio oncologista desempenham papel fundamental neste primeiro momento, já que o câncer ósseo pode ter uma evolução rápida.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), existem diferentes tipos de câncer nos ossos, sendo que as metástases ósseas são os tumores ósseos mais frequentes, e o osteossarcoma ou sarcoma osteogênico o tumor primário ósseo mais  comum – entre pessoas de 10 a 30 anos, seguido de condrossarcoma, e o tumor de Ewing o terceiro tipo mais frequente, acometendo principalmente crianças, adolescentes e adultos jovens de até 30 anos.

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A American Cancer Society divulgou que os tumores ósseos são raros (exceto metástases) e que representam menos de 1% de todos os tipos de cânceres. O alerta no Julho Amarelo traz que, apesar desta proporção, é necessário redobrar a atenção. O momento do diagnóstico é fundamental para o tratamento.

“O prognóstico é  multifatorial e depende do tipo do tumor, sua  localização, o estágio do tumor, sua relação anatômica com estouras vizinhas, a idade do paciente acometido, bem como estado geral da sua saúde”, comenta Eder Babygton Alves, médico radioterapeuta do corpo clínico do Instituto Radion, de Curitiba (PR).

Avanços nas diversas formas de tratamento verificados nos últimos anos levaram a uma melhora significativa nos prognósticos. Pacientes com a doença localizada podem ter sobrevida entre 70 até 80%. Já entre os que apresentam o tumor na forma metastática, a sobrevida cai para 30%.  Estima-se que 20 a 25% da população evolua para metástase ao diagnóstico.

Estudos relatam que, em certos casos, a dor como sintoma inicial é discreta ou inexistente. Os sinais e sintomas iniciais do tumor podem inclueir: massa ou inchaço na área afetada, dor óssea (que pode piorar à noite), febre sem causa conhecida, perda de peso e cansaço sem motivo aparente. O diagnóstico pode depender, além do exame físico, de exames de imagem de baixa ou alta complexidade, como raio x, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

A doença não está associada com estilo de vida ou ambiente, razão pela qual não pode ser prevenida de maneira eficaz, o que destaca ainda mais a importância do diagnostico precoce.

O tratamento para câncer nos ossos pode incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou uma combinação de várias terapias para remover o tumor e destruir as células cancerígenas, caso seja possível. “A cirurgia desempenha papel muito importante na condução do tratamento desses pacientes, sendo que a quimioterapia e a radioterapia podem desempenhar papel auxiliar, ou mesmo exclusivo, em casos selecionados”, comenta o especialista.

* Com informações da assessoria de imprensa

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