Idoso com diabetes: 6 pontos de atenção no tratamento

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(Foto: Lifestylememory/Freepik)

O controle do diabetes na população idosa traz algumas peculiaridades. Perda de apetite e saciedade precoce, redução do olfato, diminuição do paladar e condição bucal prejudicada são algumas características do envelhecimento que, por consequência, pedem uma abordagem terapêutica mais específica.

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Uma das consequências do envelhecimento e que está atrelada às alterações na glicemia é a sarcopenia (diminuição da massa muscular). Isso porque o músculo é o principal consumidor de glicose e, com menos músculos, há menos lugar para glicose entrar por intermédio da insulina, por isso, a glicose após refeição pode ser mais alta.

“A sarcopenia no idoso está associada à inflamação decorrente do envelhecimento e de mudanças hormonais, e a elevação de hormônios como o cortisol também faz com que a quantidade de músculo seja reduzia. Soma-se a isso a menor atividade física e o consumo reduzido de proteína animal (carnes), tudo levando à sarcopenia. É um ciclo vicioso”, explica Thiago Fraga Napoli, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia Regional São Paulo.

O médico pontua abaixo 6 itens que devem ser observados no tratamento do diabetes no idoso:

1.  – A melhor estratégia no tratamento do diabetes para o idoso que faz uso de muitos medicamentos (polifarmácia) é ver o real benefício que cada medicamento pode trazer;

2.  – Sempre que possível, o médico tem de ajustar quantidades e doses, visando também facilitar a administração desses medicamentos;

3.  – É preciso, sempre com orientação médica, priorizar medicamentos que tragam benefícios associados para mais de uma doença;

4.  – A hipoglicemia no idoso pode não se manifestar claramente como acontece em alguém mais jovem. Desorientação e irritabilidade podem ser os únicos sinais;

5.  – Para diferenciar uma crise de hipoglicemia dos sinais de uma doença neurológica, o primeiro passo é medir a glicemia do idoso;

6.  – O paciente com diabetes controlado com medicações que não tragam esse risco dificilmente tem hipoglicemia.

“É muito importante olhar para esse paciente levando em conta todas as peculiaridades decorrentes do envelhecimento, entre elas, limitações físicas, disfunções cognitivas, audição e visão menos apuradas… essas são algumas das barreiras enfrentadas para cuidar do paciente idoso com diabetes”, finaliza Napoli.

*Informações Assessoria de Imprensa

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