* Matéria atualizada em 7 de julho de 2021
Diferentes estados brasileiros já registraram casos da variante Delta do coronavírus, aquela registrada primeiramente na Índia. Mas a cidade de São Paulo registrou nesta segunda-feira (5 de julho) o primeiro caso dessa cepa, em um homem de 45 anos, que não esteve no exterior ou teve contatos com pessoas que viajaram recentemente. Por isso, a prefeitura de São Paulo começou uma investigação para saber se existe transmissão comunitária da variante Delta no Brasil. Ou seja, quando há não é possível mais rastrear a origem da transmissão, neste caso, em São Paulo.
Até o dia 6 de julho, quando a informação foi divulgada, não havia qualquer tipo de confirmação de transmissão comunitária da variante Delta em São Paulo ou no país. Naquele momento, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo informava que ainda não há indícios suficientes para uma afirmar.
Mas, nesta quarta-feira (7 de julho), o governo de São Paulo confirmou que a variante Delta circula no estado, entre pessoas que não tiveram histórico de viagens para o exterior ou que tiveram contato com pessoas que estiveram recentemente fora do país, o que indica transmissão comunitária. Por isso, representantes do governo paulista e o Instituto Butantan passam a discutir uma redução do intervalo da segunda dose de vacinas contra Covid-19 que hoje estão sendo aplicadas com prazo de três meses. Com essa medida, poderia existir uma proteção maior contra a variante.
Leia também – Variante Delta traria maior risco de infecção, sugere estudo
Leia também – Quais são os sintomas causados pela variante indiana?
Antes da informação do governo paulista, já havia órgãos, como o Conselho dos Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo, que afirmavam que a variante Delta já circulava na capital paulista, gerando casos autóctones, ou seja, com transmissão local.
O paciente está com sintomas leves e isolado em casa. Outras três pessoas da família dele estão sendo acompanhadas pelas equipes de saúde e também apresentaram sintomas. No entanto, as amostras desses três casos ainda estão sendo analisadas e não foram confirmadas como de variante Delta. O homem afirmou que trabalha em casa e não viajou, mas seus familiares relataram que tiveram contatos com outras pessoas. A Secretaria de Saúde investiga os contatos desses familiares.
A variante Delta já foi identificada em outros locais, como no Paraná, com dois casos confirmados na cidade de Apucarana. Nesse caso, houve relação com pessoas que estiveram no exterior. Nesta terça-feira, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro confirmou dois novos casos da variante Delta do novo coronavírus. Segundo autoridades sanitárias, os pacientes são um homem de 30 anos e uma mulher de 22 anos, moradores da Baixada Fluminense.Os municípios foram comunicados e estão investigando se são transmissões autóctones, ou seja, ocorridas dentro do estado, ou importadas.
A Delta é também conhecida como variante indiana e se espalhou por quase 100 países. No Brasil, a variante predominante é a P.1, ou Gama, identificada inicialmente no Amazonas.
* Com informações do G1 e da Agência Brasil
Leia também – Infectologista explica o surgimento de novas variantes do coronavírus
Leia também – Descontrole da pandemia pode criar um “boom” de variantes do coronavírus