Especialistas do Hospital Marcelino Champagnat, do Hospital Universitário Cajuru e profissionais de equipes multidisciplinares da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), do Grupo Marista, em Curitiba (PR), iniciaram no mês de março de 2020 estudos para entender a propagação e a infecção pelo novo coronavírus nos pacientes. A intenção é fazer uma análise completa do vírus, do seu comportamento nos pacientes e do organismo de pessoas que apresentem condições de risco.
A coordenadora do Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação dos hospitais e professora da PUCPR, Cristina Baena, explica que a atuação desses profissionais é importante nesse momento, pois ainda não existe tratamento eficaz ou vacina para combater a doença causada pelo novo coronavírus. “Temos pesquisadores que olham desde a base molecular do paciente e do vírus para questões que envolvem o ambiente físico de propagação e transmissão. Estudamos a saúde e a doença em um espectro amplo”, afirma.
Sobre o comportamento da doença nos pacientes, a coordenadora comenta que os projetos também procuram estudar a Covid-19 em pessoas com doenças crônicas pré-existentes. O objetivo é compreender os motivos pelos quais essas doenças crônicas deixam os pacientes mais suscetíveis à infecção. “Queremos também entender melhor se existem outras infecções que concorrem com o Coronavírus e os mecanismos pelos quais as pessoas infectadas se tornam pacientes graves”, explica.
Interface
Os estudos ainda estão avançando, e são coordenados também com base no aprendizado e atuação dos profissionais em outros hospitais e universidades em que atuam. “As equipes estão dispostas e preocupadas em produzir ciência para que, no futuro, a gente também entenda melhor essa doença. Alguns achados que observamos até o momento já auxiliam os intensivistas no tratamento”, afirma.
Dentre os médicos dos hospitais e pesquisadores da universidade, existem profissionais que já atuavam no estudo sobre pandemias e sobre infectologia antes da descoberta da Covid-19. Com isso, passaram a investir suas experiências nessa ação conjunta e interdisciplinar em Curitiba.
Para Cristina, com as pesquisas que se iniciaram em março de 2020, as equipes de saúde e os profissionais da universidade esperam que, no futuro, os hospitais possam ter mecanismos cada vez mais eficientes para combater a doença, tanto com prevenção quanto com tratamento.
Produção de EPIs
Uma demanda dos hospitais e que tem sido atendida pela Universidade é a produção de equipamentos de proteção individual (EPIs) para os profissionais de saúde. Sempre com o cuidado de produzir os EPIs conforme as normas de segurança de saúde, as equipes multidisciplinares da PUCPR têm produzido protetores faciais, máscaras, caixas acrílicas, roupas e aventais cirúrgicos. “As equipes produzem tudo dentro das normas técnicas e com validação dentro dos métodos científicos”, explica.