Segundo dados apontados pelo Atlas Mundial da Obesidade 2022, material publicado pela Federação Mundial de Obesidade (World Obesity Federation), a obesidade deve atingir quase 30% da população adulta brasileira em 2030. O Brasil ainda está entre os países com maiores índices de obesidade no mundo todo. Esse levantamento prevê também que um bilhão de pessoas no mundo viverão com obesidade em 2030, e isso representa 17,5% de toda a população adulta. No mês da campanha Outubro Rosa, é necessário entender a relação entre câncer de mama e obesidade, ainda mais diante desses números.
Entre os diversos problemas que são acarretados por essa doença crônica estão a sobrecarga do sistema ósseo e articular, o que ocasiona uma série de problemas ortopédicos, além de outros problemas de saúde, como pressão alta, diabetes, gota, asma, aumento de colesterol, dor de cabeça e 13 tipos de câncer.
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Entre eles está o câncer de mama, que já é o mais comum entre as mulheres, atingindo 12% da população feminina em alguma etapa da vida adulta. Os outros tipos são encontrados no rim, fígado, pâncreas, ovário, tireoide, estômago, esôfago, cólon e reto, entre outros. E para reforçar os cuidados e prevenção, a campanha do Outubro Rosa reforça a importância do autoexame como forma de prevenir o câncer de mama.
De acordo com a Dra. Andrea Pereira, médica nutróloga do Departamento de Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert Einstein e cofundadora da ONG Obesidade Brasil, atualmente são 41 milhões de pessoas com obesidade no Brasil. “É extremamente necessário que as pessoas mantenham um peso saudável, uma alimentação balanceada e pratiquem atividade física regularmente. Essa é a melhor receita na prevenção, durante e no pós-tratamento do câncer e da obesidade”, explica Andrea.
Sobre a relação câncer de mama e obesidade, ela ainda complementa que a obesidade traz um aumento da incidência de câncer e também da recidiva, que é a volta de um tumor; além de causar aumento dos casos de mortalidade, aproximadamente 14% em homens e mais de 20% em mulheres; ocasionar uma pior resposta ao tratamento oncológico, um maior risco de complicações pós-operatórias, com risco de infecção e linfedema, maior incidência de comorbidades em sobreviventes, como fadiga e neuropatia, e um maior risco de aparecimento de um segundo tumor.
A amamentação também está entre as formas de diminuição dos riscos do câncer de mama. E para prevenir esse e outros tipos de câncer é recomendado:
Após avaliação de um profissional, a cirurgia bariátrica pode ser uma forma de tratamento da obesidade. “Por meio da cirurgia bariátrica conseguimos fazer o tratamento da obesidade aliados a outras medidas, e com o peso controlado, as chances do aparecimento de câncer e outras doenças também são reduzidas”, afirma o cirurgião bariátrico Dr. Carlos Schiavon, Coordenador de Ensino e Pesquisa do Núcleo de Obesidade e Cirurgia Bariátrica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e cofundador da ONG Obesidade Brasil.
A psicóloga Andrea Levy, presidente da ONG, reforça a importância da educação e do esclarecimento sobre essa doença crônica que afeta milhões de pessoas no mundo todo, fazendo um alerta também para a relação câncer de mama e obesidade. Segundo Andrea, o preconceito com a obesidade ainda é uma das grandes barreiras na busca do tratamento, que engloba diferentes frentes, como reeducação alimentar, prática regular de atividade física, medicação, acompanhamento psicológico e cirurgia bariátrica. “Muitas pessoas não veem a obesidade como doença e a relacionam à falta de força de vontade, falha de caráter ou algo facilmente controlável, o que não é verdade”, conclui ela.
* Informações assessoria de imprensa
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