Chance de cura de 95% para o câncer de mama: apenas com o diagnóstico precoce

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2021-10-22 | 01:34h
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2022-10-07 | 17:24h
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(Foto: Pixabay)

O câncer de mama é ainda o mais incidente (exceto o de pele não-melanoma) entre as brasileiras. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são estimados mais de 66 mil novos casos em 2021. A doença também é a principal causa das mortes femininas por câncer: 16,1% do total. Contudo, a taxa de mortalidade poderia ser reduzida, já que essa é uma doença que pode ser detectada no início. Existe uma chance de cura de 95% para o câncer de mama. Mas isso só acontece quando há o diagnóstico precoce.

 

Os principais sinais do câncer de mama são nódulos palpáveis na mama, axila ou pescoço, pele da mama avermelhada, retraída ou com aspecto de casca de laranja, alterações no bico do peito, incluindo ou não secreção de líquido anormal. O autoexame é importante, mas a mamografia deve ser realizada mesmo que a mulher não tenha sintomas. Isto aumenta a chance de cura de 95% para o câncer de mama caso uma lesão seja encontrada. “A mamografia é o exame de rastreio padrão indicado pois consegue fazer o diagnóstico de lesões que ainda não são palpáveis, muito pequenas, lesões essas de mais difícil percepção ou impossibilidade de perceber até em um ultrassom, por exemplo”, ressalta a cirurgiã oncológica Priscila Morosini, do Hospital São Vicente Curitiba (PR).

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Neste Outubro Rosa, mês de conscientização da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, fica um alerta: de acordo com informações da Secretaria Estadual de Saúde, o Paraná registrou uma redução de 45% no número de mamografias entre 2019 e 2020. A realização do exame é indicada a partir dos 40 anos, anualmente. “Esse é o protocolo definido pela Sociedade Brasileira de Mastologia e outras sociedades. No SUS o protocolo difere nesse intervalo de maneira bianual, a partir dos 50 anos”, afirma Priscila Morosini.

 

A chance de curta de 95% para o câncer de mama depende do diagnóstico precoce, da consciência da mulher sobre o cuidado com a própria saúde e também acesso às estruturas necessárias. “É preciso direcionar a atenção para todo o universo do câncer da mama, pensando em tudo que as mulheres precisam para melhoria do tratamento. A grande maioria das evoluções que temos nos últimos anos, infelizmente, não atingiram todas as mulheres. O Outubro Rosa vem para trazer o assunto à tona, para que se lute por melhores condições para que o rastreio precoce seja feito cada vez em mais mulheres, possibilitando mais casos de cura”, considera a cirurgiã oncológica.

 

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