A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificou, a partir da técnica de sequenciamento genético, dois casos da linhagem BA.2 da variante Ômicron. Um foi identificado no estado do Rio de Janeiro e outro no de Santa Catarina, conforme divulgado pelas secretarias estaduais de Saúde. A confirmação foi realizada pelo Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que atua como Centro de Referência Nacional em vírus respiratórios junto ao Ministério da Saúde e que vem atuando no mapeamento de genomas do vírus desde o início da pandemia. O laboratório integra a Rede Genômica Fiocruz.
O diagnóstico inicial foi feito pelos laboratórios dos estados por meio do exame RT-qPCR. As amostras foram encaminhadas para o Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do IOC/Fiocruz para a realização do sequenciamento genômico, o que confirmou a presença da subvariante BA.2. Os resultados finais foram informados às secretarias de Saúde dos dois estados e ao Ministério da Saúde, de acordo com os protocolos de referência. Segundo a Fiocruz, a nova linhagem é mais contagiosa, mas ainda é desconhecido se ela é mais perigosa.
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Além da linhagem BA.2 da variante Ômicron, a Fiocruz divulgou que a variante Ômicron está presente em todas as regiões do país e respondia, no fim de janeiro, por 95,9% das amostras do coronavírus SARS-CoV-2 que passaram por análise genética do instituto. Os dados foram divulgados no dia 4 de fevereiro pela Rede Genômica Fiocruz que avaliou 3.739 sequenciamentos feitos entre 14 e 27 de janeiro.
A dominância da nova variante sobre as demais cepas em todo o país ocorreu ao longo do mês de janeiro, já que em dezembro a Ômicron foi detectada em 39,4% dos genomas sequenciados.
A Fiocruz informa que os primeiros genomas da Ômicron no Brasil são de amostras do fim de novembro. A partir daí, a variante se expandiu rapidamente até superar a variante Delta ainda em dezembro nas regiões Sudeste, Nordeste e Sul.
O sequenciamento genético é feito por amostragem a partir de material coletado de testes RT-PCR positivos para SARS-CoV-2. Atuam nesse trabalho o Laboratório de Viroses Respiratórias e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e unidades da Fundação em seis estados, em parceria com Laboratórios Estaduais de Saúde Pública (LACENs) e com a Coordenação-Geral de Laboratórios do Ministério da Saúde.
* Com informações da Agência Brasil
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