A Covid-19 voltou a preocupar as autoridades sanitárias após o aumento recente de casos da doença. Em novembro, a média móvel no Brasil subiu 77% em 14 dias, voltando à casa de quase 10 mil casos. A média móvel é usada para acompanhar as tendências de comportamento da doença e nortear ações de saúde pública. Por isso, a rotina de volta às máscaras contra a Covid-19 vem sendo destacada por especialistas.
Mesmo que a gravidade dos casos e o número de mortes sejam infinitamente inferiores aos registrados durante o pico da pandemia, a proximidade das festas de fim de ano e as viagens de férias aumentam a preocupação. Outro fator é a confirmação de novas cepas em circulação no Brasil, como a BQ.1.1 e a BE.9 – mutação da subvariante BA.5 da Ômicron.
Leia também – Aumenta positividade de testes de Covid-19
Especialista em biologia celular e estudioso de temas que envolvem saúde pública, o biólogo Carlos de Almeida Barbosa explica que agentes virais têm como característica o desenvolvimento de novas cepas, mas a confirmação da chegada dessas variantes no Brasil não é motivo para alarde. “Uma das causas do aumento de casos de Covid-19 pode estar relacionada à baixa procura das doses de reforço da vacina. É muito importante que as pessoas busquem as unidades de saúde para completar o esquema vacinal”, orienta Barbosa, professor dos cursos de Saúde do UniCuritiba, instituição de ensino superior no Paraná.
No Brasil, dados do Ministério da Saúde mostram que mais de 69 milhões de brasileiros ainda não tomaram a primeira dose de reforço e quase 33 milhões já deveriam ter procurado um local de vacinação para receber a segunda dose de reforço.
Em Curitiba foram aplicadas mais de 4,9 milhões de vacinas, segundo levantamento da Secretaria Municipal de Saúde, mas o índice de cobertura das doses de reforço não chega a 70% na população com 12 anos ou mais.
De volta às máscaras contra a Covid-19
De acordo com o professor Carlos de Almeida Barbosa, é importante que as pessoas retomem alguns cuidados para evitar a disseminação do vírus e o surgimento de uma nova onda de Covid-19. “Com a proximidade das festas de fim de ano é preciso um pouco mais de cautela, evitando inclusive as aglomerações. A retomada do uso de máscaras e de álcool em gel é uma boa estratégia”, ensina.
O Ministério da Saúde informa que não há, até o momento, indicativos de aumento na gravidade da doença, mas reforça a importância dos cuidados com a prevenção, como a higiene frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel 70% e o uso máscaras em ambientes fechados, com pouca ventilação, locais com aglomeração ou em unidades de saúde. Com isso, a volta às máscaras contra Covid-19 deve ser incorporada pela população.
* Com informações da assessoria de imprensa
Acompanhe também – Pacientes oncológicos devem seguir usando máscaras, diz SBOC