Pesquisadores do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), vinculado à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), comprovaram que o coronavírus pode sim ficar suspenso no ar. Este é um dos poucos estudos do mundo que conseguiram mostrar essa evidência, reforçando a importância importância de manter ambientes bem arejados e do uso da máscara. Locais mal ventilados ou com pouca circulação do ar podem ser prejudiciais, pois a pesquisa detectou a presença do coronavírus em partículas do ar, em aerossóis.
Esses aerossóis, que são o foco da pesquisa, são partículas microscópicas e invisíveis com tendência de ficar suspensos no ar. O objetivo não era estudar a transmissão do vírus por gotículas de saliva, que podem chegar a 1 ou 2 metros, mas, sim, essas partículas invisíveis. Elas podem atingir distâncias ainda maiores.
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O estudo analisou o ar de dois hospitais de Belo Horizonte e ambientes como estacionamentos, calçadas e pontos de ônibus. A medição aconteceu em dois momentos diferentes da pandemia, entre maio e junho, e entre junho e julho do ano passado. Os pesquisadores usaram equipamentos que “sugavam” o ar e utilizavam filtros.
As amostras coletadas identificaram o vírus em quatro ambientes no hospital vistoriado no segundo período. Para os pesquisadores, entre os fatores para isto estava uma ineficiência na circulação de ar, além do aumento na taxa de ocupação de leitos verificado naquele momento. Em uma das salas onde o vírus foi detectado havia ventilação natural, mas pouca circulação do ar. Ainda segundo a pesquisa, nos ambientes externos, não houve amostras com vírus.
O resultado foi publicado publicado na revista Environmental Research.
* Com informações do portal G1
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