A recomendação para ficar em casa por conta da pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, fez com que muitas pessoas passassem a trabalhar e estudar em casa, mudando completamente a rotina. Mas, mesmo com a diminuição da interação social, os cuidados com a higiene bucal não devem mudar.
Não sair de casa e ter menos contato com outras pessoas podem fazer com que haja negligência nos hábitos de higiene bucal, como diminuir a frequência de escovação e uso de fio dental ou escovas interdentais, essenciais para a manutenção da saúde bucal. “Mesmo sem sair de casa nossos hábitos alimentares continuam os mesmos, por vezes até mais frequentes. Resíduos alimentares e microrganismos formam a placa bacteriana nos dentes e não perdoam a falta de escovação e de uso do fio dental que cria o ambiente perfeito para cáries, gengivites e mau hálito”, diz o cirurgião-dentista Camillo Anauate Netto, conselheiro do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).
O cirurgião-dentista recomenda que a escovação seja realizada pelo menos três vezes ao dia, de preferência com uma escova de cerdas ultramacias para não machucar as gengivas. “Lembrando que a língua também deve ser higienizada pelo menos uma vez ao dia. O ideal é que isso seja feito com raspadores de língua ou com uma escova diferente da usada para escovar os dentes. Higienizar a língua é muito importante para evitar o mau hálito”, informa o profissional.
A troca regular das escovas de dente também é importante durante o isolamento. “A recomendação é que elas sejam substituídas a cada três meses ou menos em caso de suspeita que o usuário esteja com alguma doença infecciosa ou viral – como o coronavírus”, ressalta Anauate Netto.
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Atendimento odontológico
Cuidar da higiene bucal também é uma forma de cooperar com o isolamento social e se proteger do contágio pelo novo coronavírus. Devido ao risco de contaminação, os cirurgiões-dentistas estão atendendo apenas em situações de emergências e urgências, seguindo as orientações do Ministério da Saúde e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). As secretarias estaduais de Saúde também podem emitir orientações neste sentido.
Portanto, é recomendado aos pacientes que entrem em contato com o seu cirurgião-dentista antes de procurarem atendimento. “Quando a pessoa sentir uma dor, tiver uma prótese ou aparelho que está machucando, fratura em restaurações dentais ou sofrer algum trauma leve, que não seja emergência, ela deve consultar o profissional de saúde bucal”, diz o conselheiro do CROSP. “Se o caso for verificado como urgente, o paciente será atendido com todas as medidas de segurança no consultório”, acrescenta.
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