Em crescimento exponencial principalmente em países desenvolvidos, o diagnóstico de diabete assusta, provoca angústia e vem acompanhado de uma série de questionamentos – e também mitos. Afinal, o diabete pode levar o paciente à morte? Independente de qual seja a resposta, um quadro é certo: a doença leva a complicações que, em estágios mais severos, podem resultar em amputações, problemas cardiovasculares e derrames.
O diabete, divido entre três tipos diferentes, além do “pré-diabete”, surge da falha do corpo em produzir insulina ou, então, em não conseguir empregar de forma adequada a insulina que produz. A doença pode ser causada por influência genética ou um estilo de vida inadequado, além de outras causas ainda desconhecidas pela área médica.
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Diagnóstico em adultos
Diferente do diabete das crianças, que apresenta sintomas como muita diurese, perda de peso, aumento do apetite e muita sede, nos adultos a doença pode ser assintomática, como explica o endocrinologista da Unimed Cascavel, José Henrique de Almeida Netto (CRM 7843). “Devemos buscar as “pistas”, ou seja, o aumento da barriga, aumento do peso, aumento da pressão arterial e dos lipídeos”, diz.
Por este motivo, o médico afirma que o diagnóstico pode ser muito fácil: basta medir a glicemia em jejum em adultos. “Quanto antes fizermos o diagnóstico e iniciarmos o tratamento, melhor, pois poderemos evitar ou o retardar aparecimento das chamadas complicações crônicas, já que as alterações metabólicas causadas pelo diabete levam à arteriosclerose generalizada, causando a falência de vários órgãos”, alerta.
As complicações crônicas
O endocrinologista explica que as complicações mais comuns causadas pelo diabete são as que atingem os menores vasos sanguíneos, chamados microvasculares. “Podemos citar os vasos da retina, dos rins e do sistema nervoso, podendo levar à cegueira e à insuficiência renal”. Já as que atingem os vasos maiores, chamados macrovasculares, “podem produzir lesões em todo o organismo, mas principalmente nas artérias dos membros inferiores, cerebrais e coronarianas”, conforme detalha o médico.
Por este motivo, de acordo com o profissional, é fundamental seguir o tratamento prescrito e, em paralelo, melhorar os hábitos alimentares e o estilo de vida. “Como o diabete é uma doença crônica, deve ser tratado por toda a vida. Procuramos colocar os pacientes dentro das metas de pressão, lipídeos, peso e outras comorbidades controladas também. Além disso, o médico dispõe de exames que detectam precocemente o aparecimento das complicações crônicas, possibilitando o seu tratamento nas fases iniciais e melhorando muitas vezes seu desfecho”.
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O diabete pode levar o paciente à morte?
Em casos de complicações crônicas mais severas, sim. “Cerca de 70% dos pacientes diabéticos falecem de eventos cardíacos ou cerebrais por obstrução das artérias citadas anteriormente”, esclarece José Henrique. Dessa forma, procurar o diagnóstico precoce e realizar o acompanhamento contínuo com o médico reduzem as chances de problemas mais graves. “O tratamento deve, sempre que possível, ser individualizado e atender todas as demandas: pressão, colesterol, peso, etc”, finaliza.