O câncer de pele não melanoma é o tipo de câncer mais frequente no BrasilAMP e no mundo, e está diretamente relacionado à exposição solar. Por isso, neste mês temos a campanha nacional Dezembro Laranja para conscientizar e informar a população sobre as principais formas de prevenção desta doença, independente da idade e do tom da pele. Então, como prevenir o câncer de pele?
As formas de prevenção já são conhecidas pela maioria de nós, mas poucas pessoas realmente seguem as orientações de forma correta, o que pode acarretar um risco maior de desenvolver câncer de pele. Segundo Bárbara Bastos, médica dermatologista da healthtech Amparo Saúde, o uso do protetor solar é indispensável desde a infância. Uso de proteções físicas, como chapéus e camisetas, também são importantes, além de ficar na sombra e evitar se expor ao sol entre 10h e 16h, horários em que a radiação solar é maior.
Quando descoberto no início, este tipo de câncer tem mais de 90% de chances de cura, então é importante conseguir identificar de maneira precoce uma lesão. “Devemos ficar atentos a uma ferida que não está cicatrizando, uma pinta que tem mudança de coloração ou que está sangrando”, diz Bárbara. Vale ressaltar que o autoexame não substitui a consulta com um médico.
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Já o câncer de pele melanoma costuma ser mais agressivo e, normalmente, tem características hereditárias e genéticas envolvidas, mas a exposição solar também pode contribuir para o aparecimento da doença. A dermatologista explica que pode-se desconfiar deste tipo de câncer a partir do “ABCD do melanoma”: assimetria da pinta, bordas irregulares, variedades de cores e diâmetro aumentando. Outro sinal de alerta é quando o paciente apresenta mais de 50 pintas pelo corpo.
A Atenção Primária à Saúde (APS) também pode ser uma forte aliada na identificação e na prevenção aos tumores de pele. Na APS, o médico de família é o primeiro contato do paciente com o sistema de saúde. Em suas consultas, ele consegue orientar sobre ações preventivas, assim como identificar fatores de risco, como histórico familiar, excesso de exposição solar durante a vida e atividades laborais de risco, de maneira a ajudar no diagnóstico precoce. “Se houver suspeita de uma lesão, fazemos o encaminhamento para um dermatologista para acelerar o processo de diagnóstico e cura” afirma Naiana Melo, médica de família da Amparo Saúde.
Como prevenir o câncer de pele: quantidade correta de protetor solar
De acordo com o Consenso Brasileiro de Fotoproteção da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), as quantidades corretas de aplicação de protetor solar seguem a “regra da colher de chá”, conforme detalhado abaixo. Uma colher de chá equivale a 2 ml de produto.
Rosto/cabeça/pescoço: 1 colher de chá
Braço/antebraço direitos: 1 colher de chá
Coxa/perna direitas: 2 colheres de chá
Braço/antebraços esquerdos: 1 colher de chá
Coxa/perna esquerdas: 2 colheres de chá
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Alerta para os dias nublados
Tomar sol é um hábito saudável, mas a exposição excessiva aos raios ultravioletas (UV) é um fator de risco para o câncer de pele, que pode ser carcinoma ou melanoma, este mais agressivo e com alta taxa de mortalidade. As nuvens não protegem da radiação, por isso, para evitar os prejuízos causados pelos raios UV sobre a pele, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) recomenda o uso de protetor solar de fator 30, ou mais, em toda exposição ao ar livre. O uso deve ser mais frequente se a exposição acontecer entre 10h e 16h e se a pessoa tiver pele mais clara, incluindo partes do corpo como mãos, nuca e orelhas.
Tratamento
Para o câncer de pele, a retirada da mancha de forma cirúrgica é o tratamento mais indicado. Dependendo do estágio da doença, a radioterapia e a quimioterapia também podem ser utilizadas. Nos últimos anos, foram lançados novos medicamentos que apresentaram altas taxas de sucesso para a fase metastática da doença, que pode postergar sua evolução e aumentar a sobrevida do paciente.
Além disso, em julho, com esforços da SBOC, foi anunciado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (CONITEC), órgão do Ministério da Saúde, a recomendação favorável para a incorporação da primeira imunoterapia para o tratamento de pacientes com melanoma metastático no Sistema Público de Saúde (SUS), que comprovou o aumento a sobrevida do paciente em 60% e garante tratamento digno e igualitário para a população brasileira.
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