Atividade terapêutica MovimentAção promove independência e qualidade de vida a pacientes em reabilitação

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(Foto: Divulgação)

Idealizada para promover o desenvolvimento funcional e a independência de pacientes em recuperação, a atividade terapêutica MovimentAção é realizada semanalmente, na YUNA, por uma equipe multidisciplinar, formada por fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.

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Essa iniciativa visa proporcionar aos pacientes com limitações funcionais a oportunidade de treinar as habilidades essenciais para a vida diária e desenvolver maior autonomia, integrando atividades específicas que incluem vestimenta, alimentação, higiene pessoal e transferências posturais.

Destinada a pacientes com déficit e prejuízo na capacidade de autonomia das atividades de vida diária (potencial para ganhos em funcionalidade), a MovimentAção foca na reeducação para uma vida mais autônoma e menos dependente de terceiros.

De acordo com Douglas Spencer Pardim, fisioterapeuta especialista em reabilitação ortopédica, “as sessões do grupo são planejadas conforme a Escala de Medida de Independência Funcional (MIF), que orienta o tratamento e avalia a evolução de cada um. Esse processo permite que, ao longo da internação, os pacientes tenham melhoria em aspectos essenciais para a autonomia e diminuam a complexidade do cuidado no ambiente doméstico”, conclui.

Um diferencial do programa é o trabalho em grupo, onde os pacientes acompanham seus desafios e avanços, beneficiando-se da troca de experiências. Gabriela Myczkowski, terapeuta ocupacional, destaca que “o ambiente coletivo fortalece o sentimento de pertencimento e a motivação. A identificação com os colegas e o apoio mútuo ajudam a enfrentar as dificuldades e a construir autoconfiança para as atividades diárias”.

Estrutura e planejamento do programa MovimentAção

As atividades são planejadas semanalmente, sendo que a equipe responsável elege os participantes e adapta os materiais de apoio de acordo com as necessidades de cada paciente. Entre os exercícios interativos, estão simulações de situações comuns no ambiente doméstico, como quedas, treinos de alimentação, higiene pessoal, trocas posturais, troca de vestimenta parte superior, inferior e calçado, e treino de marcha. O levantamento com equilíbrio e controle postural, além de outras atividades que desbloqueiam a coordenação e o ajuste fino.

“Esse trabalho com ajustes finos envolve movimentos sutis e automáticos do nosso cotidiano, como o uso do tronco para apoiar o ortostatismo (ficar em pé). Na terapia esses detalhes são lapidados e adaptados para cada paciente, promovendo uma melhoria funcional que pode passar despercebida para quem está saudável, mas é essencial para a reabilitação”, explica Pardim.

Resultados práticos e caso evolutivo

Os avanços dos pacientes são registrados e monitorados continuamente. Em um caso recente, um paciente apresentado com Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) e hemiparesia (fraqueza muscular ou paralisia) esquerda, obteve uma evolução significativa na classificação MIF de 48 para 79 pontos, em um mês. “A melhoria funcional foi notável, com ganhos de autonomia nas atividades básicas, como higiene e vestuário. Esse resultado positivo reflete o impacto prático da terapia, que prepara o paciente para lidar com as demandas do cotidiano de maneira independente”, esclarece o fisioterapeuta.

A terapeuta ocupacional Gabriela Myczkowski complementa: “Cada atividade do grupo é projetada para que o paciente pratique durante uma semana e incorpore esses exercícios à rotina. Esse acompanhamento contínuo é uma peça fundamental para a recuperação, pois a prática regular reforça os avanços e aumenta a confiança para o retorno ao lar”, finaliza.

“Temos pacientes com lesão neurológica, em processo de reabilitação, em reeducação funcional motora, coordenação e cognitivo. Nesse grupo, em especial para pacientes com esse quadro, abordamos todas essas necessidades, com objetivo de se tornar cada vez mais funcional e independente durante o período de internação e em preparação para a alta, encerrando o ciclo da transição de cuidados”, declara Michelle Mantovanelli, Coordenadora da equipe multidisciplinar.

O nome MovimentAção ressalta o foco prático da atividade, com ênfase em “ação” – uma forma de colocar o paciente em movimento, desafiando-o a realizar tarefas e avaliar suas habilidades em situações práticas. “O termo foi escolhido para simbolizar o dinamismo e a energia necessária para a recuperação, alinhando-se à missão da YUNA de transformar o tratamento em uma preparação para a vida”, complementa a terapeuta ocupacional.

*Informações Assessoria de Imprensa