A importância do diagnóstico precoce do câncer de mama

    O diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença na sequência do tratamento de um câncer. Descobrir um tumor em estágio inicial aumenta significativamente as chances de cura. Por isso, a importância do diagnóstico precoce no câncer de mama deve ser destacada a todo o momento, para além de campanhas como o Outubro Rosa, tão essenciais para chamar atenção para um problema tão grave. Os pacientes que identificam a doença em fase inicial podem fazer um tratamento mais conservador e também se beneficiam com melhor resultado estético, por exemplo.

    A mamografia é o melhor exame de rotina para detecção precoce da doença e, hoje em dia, já existem equipamentos, como a Mamografia Digital. Esse equipamento é mais confortável para as mulheres, além de detectar lesões antes mesmo de se tornarem palpáveis. A mamografia é indicada como exame de rotina para o rastreamento do câncer de mama. É de alta sensibilidade e pode ser chamado também de mastografia ou senografia. O exame é rápido, com pouca radiação e sem desconforto para o paciente. O procedimento completo normalmente leva 15 minutos e as radiografias serão interpretadas pelo radiologista.

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    Pandemia ressalta a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama

    A pandemia fez com que muitos exames de rotina fossem postergados. Isso está causando preocupação nos médicos especialistas, que vislumbram um aumento de casos de câncer e também a identificação da doença em estágios mais avançados.

    Além disso, outro fator de risco bate à porta de muitas mulheres. Em 2020, pesquisa da Vigitel, mostrou que os brasileiros atingiram o maior índice de obesidade dos últimos treze anos. E o resultado é ainda pior para o público feminino, que apresentou crescimento de 40% nos índices de obesidade no período. A obesidade é um fator importante para o desenvolvimento de alguns tipos de cânceres, notadamente o de mama. O aumento do Índice de Massa Muscular (IMC) pode multiplicar os riscos da doença. O câncer de mama, que atinge mais de 50 mil novos casos por ano no Brasil, é o segundo tipo mais frequente no mundo.

    A médica Rosângela Maria Trovo Hidalgo, especialista em ginecologia e obstetrícia, e em radiologia com subespecialidade em radiologia mamária da CEDIP, – Clínica de Exames de Diagnósticos por Imagem, em Curitiba (PR), explica que quanto maior o número de células de gordura no corpo, maior será o volume de estrogênio, hormônio que serve de “alimento” para as células cancerígenas. “No tecido adiposo existe uma enzima chamada aromatase. Resumidamente, ela faz aumentar o nível de estrogênio no corpo, o que é um fator de risco para o câncer de mama. Quanto mais tecido adiposo, mais hormônio”, cita.

    Grupo de risco para o câncer de mama

    A importância do diagnóstico precoce do câncer de mama deve estar no pauta de todas as mulheres, especialmente daquelas acima dos 50 anos, histórico familiar e reposição hormonal com estrogênio e progesterona por longos períodos nas mulheres menopausadas. A especialista explica que no caso de histórico da doença de 1º grau (pai, mãe, irmão ou irmã) é importante a avaliação com um médico especialista para saber quando os exames de prevenção devem ser iniciados.

    Além do acompanhamento de rotina com o médico e realização da mamografia anualmente, atividades físicas regulares e alimentação equilibrada são formas de prevenção, segundo Rosângela.

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