Maternidade produziu mais de 200 órteses para recém-nascidos e prematuros

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(Foto: Divulgação)

Para atuar de forma preventiva em alterações articulares e na recuperação de deformidades neonatais, o Hospital Materno-Infantil de Barcarena Dra. Anna Turan (HMIB), já produziu, a partir de materiais de baixo custo, mais de 200 órteses e coxins para auxiliar na recuperação de bebês recém-nascidos e prematuros em atendimento na unidade.

O projeto, desenvolvido em conjunto entre as áreas de Terapia Ocupacional e Fisioterapia do HMIB, unidade do governo do Estado que atua como principal referência em atendimentos de alta complexidade para gestantes e recém-nascidos na região do Baixo Tocantins, foi lançado em 2018 e já beneficiou centenas de bebês.

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Por ser privado do ambiente intrauterino durante a gestação, os bebês prematuros – nascidos antes do 8° mês de gestação – tem seu desenvolvimento neurológico interrompido, o que pode ocasionar complicações relacionadas à alteração articular, como a hipotonia (diminuição do tônus muscular e da força), e outras deformidades.

“Mensalmente, o HMIB produz, em média, de quatro a cinco órteses para os recém-nascidos. Considerando que o projeto está ativo há quatro anos, o hospital já confeccionou mais de 200 aparelhos, que contribuíram para a saúde e qualidade de vida de muitos bebês da nossa região”, destaca Lorena Portal, diretora Assistencial da unidade.

Para Gabriele Coimbra, Terapeuta Ocupacional do Materno-Infantil, as órteses apresentam um resultado efetivo. “No início da vida, o sistema musculoesquelético do recém-nascido, prematuro ou a termo, ainda não está amadurecido. Por isso, nós conseguimos um resultado significativo na reversão do que seria uma futura deformidade, que poderia atrapalhar o desempenho de suas ocupações no decorrer da vida”, ressalta a especialista.

No Materno-Infantil de Barcarena, a Terapia Ocupacional tem como principal objetivo a prevenção de deformidade nos recém-nascidos que apresentem algum tipo de alteração nos músculos, como o desvio de articulação e a rigidez muscular de seus membros inferiores ou superiores.

“Para corrigirmos o posicionamento do membro, utilizamos as órteses, que são produzidas aqui mesmo, de forma personalizada, com tamanhos e espessuras diferenciadas para cada bebê ”, explica a terapeuta. A produção da unidade engloba aparelhos protetores para a região posterior da cabeça, extensores palmar (mão) e plantar (pés), entre outros.

As órteses são confeccionadas de maneira individual, através de um material simples e de baixo custo: o EVA. “Realizamos a avaliação do recém-nascido, e a partir disso, tiramos o molde na criança e confeccionamos a órtese com EVA, velcro e cola quente”, complementa Gabriele.

*Informações Assessoria de Imprensa