Estudantes do Instituto Mauá de Tecnologia criam dispositivo que otimiza a reabilitação de pacientes com sequelas de AVC

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2024-10-26 | 15:00h
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2024-10-27 | 01:25h
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(Foto: Divulgação)

De acordo com a Organização Mundial do AVC, mais de 110 milhões de pessoas vivem com sequelas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Em meio aos desafios que esses indivíduos enfrentam diariamente no processo de reabilitação, formandos do curso de Engenharia de Controle e Automação do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) desenvolveram um dispositivo eletrônico, controlado por meio de um software, capaz de auxiliar na retomada dos movimentos de flexão do cotovelo, região comumente atrofiada após a ocorrência de um AVC.

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O projeto faz parte dos trabalhos de conclusão de curso apresentados na Eureka, feira realizada no campus do IMT entre os dias 25 e 27 de outubro.

A tecnologia foi inspirada na almofada de geometria triangular já utilizada por centros de reabilitação. No entanto, o novo dispositivo permite acomodar o braço do paciente e, a partir de um ajuste previamente estabelecido pelo terapeuta, realizar de forma mecânica e customizada o movimento de flexão do cotovelo.

Conforme explica Tawfik Metwally, integrante do grupo que desenvolveu o dispositivo, além de potencializar a reabilitação dos pacientes, a iniciativa também tem como principal objetivo auxiliar os profissionais de saúde, que sem a tecnologia precisam realizar manualmente o movimento que a ferramenta faz de forma autônoma.

“Ao apoiar os profissionais de saúde com uma ferramenta que torna o atendimento mais eficiente, nossa pesquisa contribui para a otimização dos recursos no setor de saúde, o que permite atender um maior número de pacientes e reduzir os custos associados ao tratamento. Em resumo, nosso foco é tornar a recuperação mais acessível e eficaz para todos”, enfatiza o formando.

Todo o processo de pesquisa, desenvolvimento e ajustes técnicos aconteceu por meio de uma parceria com o Instituto de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IMREA HC FMUSP), que garantiu suporte aos alunos para que fosse possível desenvolver um dispositivo que contemplasse a realidade de um centro de reabilitação.

“A partir desse processo colaborativo, chegamos ao consenso sobre o desenvolvimento de uma tecnologia viável que atendesse às condições da terapia. Desde então, o IMREA HCFMUSP se manteve envolvido, disponibilizando colaboradores para acompanhar o progresso do projeto e fornecer avaliações”, explica Denise Rodrigues Tsukimoto, Diretora do Serviço de Terapia Ocupacional do IMREA HCFMUSP.

Para a especialista em terapia ocupacional, o dispositivo é um exemplo de como a tecnologia pode auxiliar os profissionais de saúde a tornarem o processo de reabilitação ainda mais eficaz.

“O processo de reabilitação necessita de três aspectos: movimentos específicos, movimentos repetidos e grau de dificuldade progressivo. O dispositivo atende a esses três requisitos. Ele foca em um movimento articular específico — a flexão e extensão do cotovelo — e oferece a possibilidade de repetição assistida por meio de motorização”, ressalta.

O produto será apresentado na Eureka, um evento aberto ao público de exposição dos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) dos estudantes de Engenharia, Administração e Design do IMT. A data proporciona um cenário de inovação, criatividade e tecnologia, com projetos que atendem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

*Informações Assessoria de Imprensa

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