Busca por cirurgias estéticas faciais cresce 300%

Cirurgias estéticas
(Foto: Divulgação)

A alta na oferta de intervenções estéticas em consultórios de Odontologia vem intensificando ao longo dos últimos anos o embate entre as profissões. Como o valor cobrado por odontólogos pode ser até 80% inferior, o público tem aumentado. Ao mesmo tempo, um levantamento divulgado no último ano pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, na sigla em inglês) aponta que, em 2020, o Brasil foi o país em que mais procedimentos cirúrgicos foram realizados na face e na cabeça. Foram 483,8 mil durante o período de um ano. Com 143 mil registros, a cirurgia de pálpebra (blefaroplastia) foi a mais realizada, seguida pela rinoplastia, com 87,9 mil.

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O médico e cirurgião plástico, Thiago Marra, defende que a capacitação de um grande número de profissionais vai promover uma melhoria do custo para cirurgias e procedimentos estéticos, assim como vai melhorar a disponibilidade desses profissionais em sua rotina de consultório e hospital.

Durante o curso de Odontologia, os estudantes vivenciam um aprendizado aprofundado da anatomia da região da face e do pescoço. Após a graduação, profissionais especializados na área bucomaxilofacial realizam procedimentos de alta complexidade. Além de procedimentos estéticos, atuam na resolução de fraturas e reconstruções de órbitas, fraturas de maxila, mandíbula, diz.

Enquanto a ideia de Marra de criar no MEC uma pós-graduação lato sensu em Rinoplastia para dentistas, biomédicos, enfermeiros, farmacêuticos e fisioterapeutas ganha força, ao mesmo tempo foi o primeiro médico do Brasil a oferecer o primeiro curso online sobre lipo de papada para esses profissionais atuantes nessa indústria da beleza.

A área da Odontologia Estética é uma causa dos pacientes, não apenas dos cirurgiões-dentistas, afirma Marra. “Há um interesse dos dentistas pela crescente demanda dos pacientes por autoestima e por estarem bem consigo mesmos. Há uma busca por profissionais bem treinados. Saúde como bem-estar físico, social e mental”, finaliza o especialista.

“O tema é de interesse da população, pois os procedimentos estéticos realizados pelos cirurgiões dentistas podem ser mais baratos do que a realização de cirurgia plástica. Além disso, há mais cirurgiões dentistas do que cirurgiões plásticos”, disse Marra, que também é membro da Associação Brasileira de Médicos Pós-Graduados – ABRAMEPO, e membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Plástica.

Mesmo apoiando a causa dos cirurgiões dentistas, o foco sempre foi o bem-estar e a saúde de cada paciente, tanto que na medicina, Dr. Marra iniciou uma campanha nacional para estimular médicos particulares a adotarem um paciente da fila do SUS, com o objetivo de reduzir o tempo de espera e evitar o agravamento da situação. A alta demanda faz com que cada paciente leve até 12 anos para uma cirurgia no Sistema Único de Saúde.

“Independente do tipo de cirurgia e da opção sexual do paciente, se cada colega se disponibilizar a adotar um da fila de espera, colocaremos a fila do SUS para andar”, comenta Thiago Marra ao informar que o número de demandas represadas é provavelmente mais alto, já que o levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) reúne apenas dados de 16 secretarias estaduais e 10 municipais. “Há ainda a fila por procedimentos nos serviços federais, sem falar ainda naquelas pessoas que precisam da cirurgia, mas nem sequer têm acesso ao especialista que oferece o encaminhamento”. Finaliza o médico.

*Informações Assessoria de Imprensa