Máscaras no combate ao novo coronavírus: saiba como utilizar corretamente

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As máscaras de tecido foram recomendadas para a população em geral como uma forma de evitar a transmissão do novo coronavírus. A orientação partiu do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais e municipais de Saúde. A recomendação das máscaras de pano no combate ao novo coronavírus está direcionada inclusive para as pessoas que não apresentem sintomas. Ela deve ser incorporada na rotina.

Apesar da divulgação por parte das autoridades públicas, a utilização das máscaras no combate ao novo coronavírus tem gerado diversas dúvidas. Afinal, todos devem usar o equipamento e em todas as situações, ou somente públicos específicos?

O Ministério da Saúde, com base em diferentes estudos, passou a orientar que toda a população utilize o item ao sair de casa, como forma de prevenção.AMP O ideal, no entanto, é que as pessoas assintomáticas deem preferência às máscaras caseiras, produzidas em tecido, reservando os equipamentos cirúrgicos aos profissionais da linha de frente do combate à Covid-19, a infecção causada pelo novo coronavírus.

O ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi enfático ao afirmar que as máscaras profissionais devem ser reservadas aos profissionais de saúde. Vários materiais podem ser usados pela população na confecção das máscaras, desde que de maneira adequada. O Ministério da Saúde orientou o uso de tecido de algodão, tricoline e TNT, entre outros tecidos, que asseguram uma proteção quando bem desenhadas e higienizadas corretamente. O essencial é que a máscara seja feita nas medidas corretas, com duas camadas de tecido, cobrindo totalmente a boca e nariz e que esteja bem ajustada ao rosto.

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Profissionais da saúde

A recomendação ao uso de máscaras, em um primeiro momento, foi direcionada apenas a profissionais de saúde e também aqueles que estavam apresentavam sintomas que poderiam sugerir a contaminação por coronavírus, mesmo não testados.

Existia uma preocupação em direcionar esses materiais para quem precisa estar na linha de frente, tratando dos doentes. Havia poucos equipamentos de segurança no mercado, diante da alta demanda por este tipo de produto. Isto aconteceu, em parte, pela aquisição das máscaras por parte da população, que fez estoques em casa. O material ainda é escasso.

Para o profissional de saúde, a máscara é mais um item de todo um conjunto de equipamentos de proteção individual; óculos, touca e luvas, por exemplo. Assim, ele consegue proteger toda a face e, nesse caso, a máscara é necessária e eficaz.

No entanto, para os profissionais de saúde, não são recomendadas as máscaras de tecido. Eles devem usar máscaras que seguem regulamentações específicas.

Qual a eficácia de proteção das máscaras no combate à Covid-19?

A utilização de máscaras no combate ao novo coronavírus é mais uma forma de proteção. No entanto, elas precisam ser usadas com atenção e responsabilidade. As máscaras ajudam na prevenção, pois o vírus pode ser transmitido via aerossol (suspensão de partículas finíssimas sólidas ou líquidas por meio de um gás ou mesmo nuvem ou ar), gotículas de saliva ou secreção expelidas quando uma pessoa fala, espirra ou tosse, por exemplo, ou mesmo contato com pessoas ou superfícies contaminadas. Por isso, é tão importante a constante higienização das mãos e o evitar-se tocar a boca, nariz e olhos.

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A máscara é eficaz para conter as secreções de pessoas doentes e para proteger o profissional de saúde das gotículas no contexto do seu trabalho, por exemplo.

Para os profissionais de saúde, a máscara mais comum é a chamada máscara cirúrgica. E existe outra mais avançada, conhecida como N95 ou PFF2, utilizada em ambientes hospitalares durante procedimentos médicos que geram aerossóis.

 

É necessário, porém, ressaltar que as máscaras não protegem as pessoas da forma mais importante de contágio, que é o contato (mãos na boca, nariz ou olhos). Por isso, a higienização das mãos é tão importante.

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Existe um tempo de duração das máscaras?

O uso das máscaras no combate ao novo coronavírus é importante. No entanto, a máscara tem um limite de tempo para que mantenha a sua eficácia.

Máscaras cirúrgicas: estas têm uma vida útil de algumas horas. Uma vez que a máscara fique úmida e/ou suja, deve ser imediatamente descartada.

Máscaras N95, PFF2 ou equivalentes: estando a máscara íntegra, limpa e seca, pode ser usada pelo mesmo profissional algumas vezes. É necessário verificar o tempo definido pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da sua organização.

Máscaras de acetato ou PVC: Com os cuidados de higiene devidos (água e sabão ou álcool em gel, sobre outras máscaras) podem ser reutilizadas.

Máscaras de tecido: tais máscaras devem ter pelo menos duas camadas de tecido, e podem ser utilizadas por até duas horas. Após esse período, deve ser trocada devido à umidade natural produzida pela própria respiração.

As máscaras podem ser reutilizadas?

Máscara cirúrgica: A indicação, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é de que uma vez utilizada e retirada a máscara cirúrgica, ela seja descartada.

Máscara N95 ou PFF2: Deverá ser utilizada conforme orientação do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da instituição e não está indicada para uso no ambiente doméstico.

Máscaras de tecido: Desde que seja higienizada corretamente após duas horas contínuas de uso, a máscara pode ser reutilizada enquanto o tecido estiver em boas condições. A máscara não deve ser utilizada se estiver úmida ou suja. Caso haja desgaste, deve ser descartada.

Higienização das máscaras de tecido

·      A máscara de tecido tem efetividade por até duas horas de uso, devendo ser trocada depois desse período devido à umidade natural produzida pela própria respiração 

·      Use a máscara sempre que precisar sair de casa. Saia sempre com pelo menos uma reserva e leve uma sacola para guardar a máscara suja, quando precisar trocar 

·      A máscara é individual, não podendo ser compartilhada. O ideal é que cada membro da família tenha pelo menos duas para quando precisar sair 

·      Certifique-se de que não está entrando ar por frestas laterais, superiores ou inferiores; óculos ou até mesmo esparadrapo podem ajudar na fixação no nariz 

·      Chegando em casa, retire sapatos, lave bem as mãos e só então retire a máscara  

·      Remova a máscara pegando pelo elástico ou laço da parte traseira, evitando tocar na parte da frente – que pode estar contaminada  

·      Faça a imersão da máscara em recipiente com água potável e água sanitária (2,0 a 2,5%) por 30 minutos. A proporção de diluição a ser utilizada é de 1 parte de água sanitária para 50 partes de água (por exemplo: 10 ml de água sanitária para 500 ml de água potável)  

·      Lave a máscara usando água e sabão e faça o enxágue em água corrente 

·      Deixe secar bem. Em seguida, passe ferro quente e guarde em saco plástico limpo para a próxima utilização  

·      A máscara não pode ser utilizada úmida ou suja 

·      Se notar desgaste no tecido, descarte 

·      Antes de todos os procedimentos com a máscara – estender, recolher, passar, guardar, colocar – lave bem as mãos  

As melhores formas de prevenção

As recomendações de cuidado por parte dos profissionais de saúde são simples e consideradas, bastante eficientes:

·      Lavar as mãos com água e sabão com frequência, esfregando entre 15 e 20 segundos;

·      Não tocar boca, nariz e olhos sem ter higienizado as mãos com água e sabão ou álcool gel;

·      Manter o ambiente limpo, sempre higienizado com produtos desinfetantes (álcool 70%, água e sabão ou hipoclorito de sódio);

·      Limpar frequentemente as superfícies ao seu redor, como móveis e, principalmente, celulares.

Além destas medidas, os profissionais de saúde recomendam o distanciamento social e o isolamento como formas de prevenção ao novo coronavírus.

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Fonte:  OMS, Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde, Unimed Paraná e Unimed Curitiba, pesquisa Sistema Unimed Nacional, Unimed Fortaleza, entre outros.

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