Desde os primeiros registros de casos de coronavírus na China, no final de 2019, a Secretaria da Saúde do Paraná está mobilizada, com todas as áreas e equipes técnicas para o monitoramento diário da situação nos 399 municípios do estado. Além disto, emitiu, até o momento, 12 notas orientativas para auxiliar os profissionais de saúde neste momento de combate à Covid-19.
Por meio dos documentos, a Secretaria Estadual da Saúde faz recomendações importantes que também que podem servir de guia para outros segmentos como comércio, empresas e instituições públicas e privadas. “Temos preocupação constante com os profissionais que atuam na linha de frente da saúde e no atendimento ao público. Por isso, as áreas técnicas da Sesa estão documentando e publicando orientações e recomendações. São medidas visando reduzir o risco da contaminação e promover condições de trabalho seguras para os segmentos que seguem em atividade”, explicou o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto.
As notas orientativas tratam de diversos temas, entre eles estão os cuidados com os idosos e as gestantes.
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Idosos
Para o maior grupo de risco do coronavírus, os idosos, a Sesa orienta seu corpo técnico por meio da Atenção Primária à Saúde (APS) e Estratégia Saúde da Família (ESF) a assumir papel resolutivo frente aos casos leves da doença e de identificação precoce e encaminhamento rápido e correto dos graves, priorizando pessoas acima de 60 anos neste atendimento.
O atendimento às pessoas idosas deve ser preferencialmente em domicílio evitando-se exposição coletiva. Idosos que buscam pronto socorro e UPAS ou qualquer outro atendimento de urgência têm a prioridade e imediata avaliação médica.
Profissionais de saúde e familiares devem orientar ao idoso que hábitos de carinho e de saudação, normalmente mantidos pelos mais velhos, como beijos, abraços, aperto de mão devem ser evitados, bem como a saída de casa deste público utilizando transporte coletivo.
Outra recomendação da Sesa é para evitar que o idoso tenha contato próximo com crianças, que podem apresentar infecção por coronavírus de forma assintomática. Caso este contato seja inevitável, utilizar máscara de proteção na criança. Deve se destacar que a criança apresenta baixíssimo risco de complicações da doença, mas, seguramente é um importante vetor de transmissibilidade para idosos frágeis.
Gestantes
As orientações da Sesa às equipes profissionais da saúde sobre a linha de cuidado materno infantil durante a emergência salientam que o isolamento social é condição importante para as mulheres grávidas.
Gestantes não têm demonstrado maior susceptibilidade à infecção pelo vírus, porém a gravidez e puerpério são condições especiais, que requerem monitoramento e vigilância.
Os atendimentos a esta população não foram interrompidos e , segundo a Secretaria da Saúde do Estado, devem seguir em ambientes seguros devidamente organizados e higienizados.
Gestantes de alto risco e risco intermediário terão as consultadas agendadas mantidas. Já, algumas consultas para atendimento de gestantes estratificadas de risco habitual, podem ser remarcadas, para a própria segurança da mulher e do bebê.
Estão mantidos também os exames preconizados durante o pré-natal, inclusive ultrassonografia obstétrica precoce.
Como forma de ampliar os cuidados, a Nota Técnica da Sesa reforça a orientação de sinais de risco na gestação; além de sangramento perda de líquido e diminuição de movimento fetal, foram incluídos os sintomas respiratórios do Covid -19, como febre, falta de ar e sintomas gastrointestinais.
A infecção por coronavírus não indica, isoladamente, a realização de parto cesariano. Não há evidências que comprovem a transmissão vertical. Parturientes em boas condições respiratórias e elevada taxa de oxigenação podem se beneficiar do parto vaginal, bem como o feto.
Não há contra indicação quanto ao contato pele a pele logo no nascimento do bebê e deve ser mantido o aleitamento materno desde a primeira hora de vida. O que se incluiu como precaução, além das boas condições da mãe e do recém-nascido, é que a parturiente use máscara cirúrgica e mantenhas as mãos higienizadas
O aleitamento materno deve ser mantido e incentivado, pois não há evidências científicas que comprovem a presença do vírus no leite materno de mães que estão contaminadas o que tiveram o coranavírus.
A preocupação e alerta da Sesa nesta situação é em relação ao contagio do bebê via secreções maternas e não via aleitamento. Portanto, o aleitamento materno exclusivo em livre demanda deve ser mantido e estimulado, sempre que a mãe estiver em condições clínicas e assim desejar.
Diante de algum sintoma respiratório, a mãe poderá extrair o leite com todas as recomendações de higienização e um cuidador poderá ofertar ao bebê usando colher ou um copinho.
Notas
Outras notas orientativas foram elaboradas e estão disponibilizadas para consultas. Os documentos, publicados no site da Sesa, tratam sobre: limpeza e desinfecção de ambientes; preparações antissépticas e sanitizantes; uso de máscaras para proteção, fabricação de equipamento de proteção individual; recomendações para reorganização dos processos de trabalho nas farmácias do estado; medidas que devem ser adotas para atendimento em mercados, supermercados e hipermercados; medidas de prevenção para aplicação em serviços de alimentação e serviço de delivery, alimentação adequada e saudável e medidas de orientação para tabagistas e pessoas em tratamento de tabagismo.
Todas as notas estão no site da Sesa: www.saude.pr.gov.br
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