A Secretaria da Saúde do Paraná divulgou nesta sexta-feira (26 de junho) o Informe Epidemiológico sobre o sarampo e contabiliza 63 dias sem novos casos da doença. São necessários 90 dias para que a situação de surto seja afastada.
O monitoramento do sarampo começou em agosto de 2019, quando foi confirmado o primeiro caso, em Campina Grande do Sul, após 20 anos sem registros da doença no Estado. Até o dia 24 deste mês, quando foram fechados os dados do boletim desta sexta–feira, o Paraná somava 3.433 notificações para o sarampo; 1.536 são casos confirmados; 1.020 estão em investigação e 877 descartados para a doença.
Os dois últimos casos confirmados de sarampo foram registrados em 24 de abril, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Os pacientes receberam tratamento adequado, com medidas isolamento domiciliar e também vacinação das pessoas mais próximas.
Em relação ao informe anterior, a publicação traz 256 casos a mais. A Coordenação de Vigilância Epidemiológica explica que são casos que já estavam em investigação e por isso não são considerados novos.
“Estamos próximos de sairmos da situação de surto e por isso reafirmamos a importância da vacina, principalmente diante da pandemia. Estar imunizado é estar protegido”, afirmou o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto.
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Campanha de vacinação prorrogada
Ofício do Ministério da Saúde enviado a todos estados informa que o prazo da campanha de vacinação contra o sarampo foi prorrogado, de 30 de junho para o dia 31 de agosto. Desta forma, a vacinação para pessoas na faixa etária de 20 a 49 anos, segue em todo o Paraná.
“A Secretaria da Saúde recomenda, de acordo com as orientações do MS, que a operacionalização da vacinação nos municípios siga medidas de proteção para se evitar o risco do contágio da Covid-19. “Indicamos que as secretarias municipais de saúde realizem atividades de vacinação em locais amplos e arejados, sempre evitando aglomerações”, ressalta a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.
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Cobertura
“Temos uma redução no surto do sarampo, muito em função do distanciamento social estabelecido pela pandemia do coronavírus, porém o vírus da doença ainda circula e milhares de pessoas ainda não estão imunizadas. A vacina está disponível em todos os municípios do estado; orientamos que o público alvo busque a vacina do sarampo que é segura e previne contra a doença”, complementa a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesa, Acácia Nasr.
Além da campanha, a vacina contra o sarampo é aplicada na rotina da imunização, de acordo com o calendário nacional de vacinação. A Sesa recomenda que os pais fiquem atentos às datas na caderneta de vacinação dos filhos para o recebimento das doses no período correto.
O Ministério da Saúde preconiza a imunização de 95% de cobertura vacinal nas faixas etárias estabelecidas. “É a chamada “ imunização de rebanho”, expressão utilizada em saúde pública para indicar que determinada população foi abrangida com efeito da vacina”, explica a coordenadora.
Para avaliar a proporção da cobertura da vacinação contra o sarampo, o MS contabiliza o número doses aplicadas nas faixas etárias de 12 e de 15 meses. Nestas duas faixas o Paraná está abaixo do indicado com 64% e 63%, respectivamente.
Sarampo
O sarampo é uma infecção viral, aguda, altamente contagiosa, transmitida por via aérea, através da fala, espirro, tosse e respiração. Pode acometer todas as faixas etárias. O vírus do sarampo pode levar a complicações como encefalite, meningite e pneumonia.