O Médico de Família e Comunidade protege o especialista para não receber o paciente errado


A “Medicina da Família e da Comunidade” foi tema de uma das mesas redondas do último dia do 2º Congresso de Medicina Geral da AMB, promovida pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) que teve na coordenação o Dr. Etelvino de Souza Trindade, Vice-Presidente da AMB Centro-Oeste e a Dra. Zeliete Linhares Leite Zambon, médica que fez questão de destacar o papel da especialidade no enfrentamento da covid.

Quem deu início às palestras foi o Dr. Fabiano Gonçalves Guimarães, Presidente da SBMFC desmistificando a prática clínica na atenção primária à saúde, esta que é um nível do sistema e que não deve ser confundida com a especialidade, que é a Medicina da Família e Comunidade.

“O Médico de Família e Comunidade atende no seu cotidiano o que é mais comum, aquilo que acontece mais no território onde estamos. Afinal, somos especialistas em nosso território e o que é comum num lugar, pode não ser em outro”, explicou Dr. Guimarães. “Por exemplo, um estudo produzido pela SBMFC criou um ranking do que é mais buscado nas clínicas e no topo está a hipertensão sem complicações”, acrescentou, destacando por curiosidade o fato de na lista aparecer as consultas sem doenças declaradas, o que não é algo negativo, pois representa a prevenção.

Para esclarecer o que difere de outras especialidades, explicou: “nosso método clínico tem foco na pessoa e em uma comunidade sustentada com continuidade, gerando hipóteses e testes, e em atendimentos pouco específicos. O médico especialista foca na doença com atendimentos episódicos e padrões de reconhecimento. O Médico da Família e Comunidade protege o especialista para não receber o paciente errado, assim como protege o paciente para não ir ao médico errado”.

A Profa. Dra. Brenda Freitas da Costa, Diretora de Comunicação da SBMFC deu continuidade com sua apresentação sobre os cuidados médicos domiciliares, baseada no…



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