Mário Barreto – presidente da AMB de 1981 a 1983: Uma gestão marcada pela descentralização do processo decisório


O ano de 1981 foi marcado por grandes mobilizações, que levaram os médicos a uma greve nacional por melhores condições de trabalho e remuneração. Apesar das poucas conquistas econômicas, a classe médica demonstrou disposição para a luta. Naquele mesmo ano, aconteceriam eleições para a diretoria da Associação Médica Brasileira (AMB). Para defender a continuidade de Pedro Kassab (gestão 1969 – 1981), o escolhido foi Waldenir de Bragança, líder da chapa “União Médica Independente”. Na oposição estava a chapa “Renovação Médica”, liderada por Mário Barreto Corrêa Lima. 

Mário Barreto tinha sido secretário-geral, vice-presidente e presidente em dois mandatos da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro (SMCRJ), estando qualificado para aquela empreitada. “Éramos federados da AMB, comparecíamos às reuniões e fazíamos oposição ao Pedro Kassab. Tudo que eles faziam de errado, a gente ia contra. Com isso, meu nome se tornou bastante conhecido”, explicou Mário Barreto, sobre como se deu a escolha do seu nome.

Mário Barreto viajou bastante pelo Brasil, visitando as demais federadas e fazendo crescer sua aceitação entre os médicos. No entanto, aquele pleito na AMB não seria um embate tranquilo. Por meio da Comissão Eleitoral, a chapa “União Médica Independente” tentou impugnar o registro da chapa de oposição, sem lograr êxito. Em resposta a uma ação cautelar, o juiz da 1ª Vara Cível de São Paulo assegurou a participação do grupo opositor no processo eleitoral, cuja votação estava agendada para 27 de agosto de 1981.

Realizadas as eleições, a “União Médica Independente” só obteve mais votos no Acre e no Rio Grande do Sul. Nos demais estados e no Distrito Federal, a “Renovação Médica” se saiu melhor. Mesmo assim, a chapa liderada por Waldenir de Bragança tentou criar problemas e até mesmo impedir a posse da nova diretoria democraticamente eleita. 

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