Programa no Paraná traz apoio e ferramenta para zerar fila de cirurgias eletivas

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(Foto: Pedro Vieira / Femipa)

A fila de cirurgias eletivas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ficou especialmente marcada pela pandemia de Covid-19, quando este tipo de procedimento foi adiado. Desde a melhora da situação da doença, uma série de iniciativas pelo país tenta atender a demanda represada neste sentido.

No Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) lançou o programa Opera Paraná com o objetivo de zerar a fila das cirurgias eletivas, o que abrange as estruturas próprias e também que atendem via SUS, como é o caso dos hospitais filantrópicos.

Durante o 16º Seminário Femipa, promovido no mês de março pela Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Paraná (Femipa), o diretor-geral da secretaria, César Neves, passou um panorama geral sobre o programa Opera Paraná.

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“O ônus que nos ficou da pandemia foi em torno de 200 mil cirurgias eletivas. Mas, para ‘convencer’ o hospital e o profissional a realizar esta cirurgia, preciso ter, no mínimo, uma remuneração que seja mais atrativa. Por isso, o Paraná e outros estados criaram mecanismos de remuneração que fosse suplementar ao que vem da União. O estado de São Paulo criou o Tabela SUS Paulista, por exemplo. Nós aqui do Paraná decidimos lançar o Opera Paraná. Já tivemos a fase 1, com aporte de R$ 150 milhões, e a fase 2, com outros R$ 150 milhões. E teremos a fase 3 nos próximos dias, com mais R$ 200 milhões”, contou.

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Segundo Neves, na prática, pensando em zerar a fila de cirurgias eletivas, isto representa uma remuneração para procedimentos eletivos com o equivalente ao dobro e meio do que a tabela SUS. “No final do discriminativo de todos os procedimentos, incluindo hotelaria e taxas, ainda há mais 20%. Isto faz com que os números fiquem próximos do que a saúde suplementar está pagando em alguns procedimentos”, destacou.

O diretor-geral ainda revelou que houve questionamentos sobre a iniciativa do Paraná na tentativa de zerar as filas de cirurgias eletivas, sob argumento de “quebrar” a equidade do SUS. “Entendo que o SUS é universal e para todos. Mas, como gestores públicos, também não podemos ficar sentados e de braços cruzados. Se tem equilíbrio financeiro e caixa para suplementar o que está deficiente, é necessário fazer”, opinou.

Atenção primária 

Para Neves, além da demanda e a intenção de zerar a fila de cirurgias eletivas, também foi preciso se dedicar à atenção primária, que também “sofreu “ durante a pandemia. “Para recuperar este tempo perdido, foi lançado o programa de revitalização da atenção primária, com investimento de R$ 2 bilhões”, comentou.

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