Acupuntura: existe espaço para a união da medicina milenar e a alopática


A mesa redonda de acupuntura do 2º Congresso de Medicina Geral da AMB foi coordenada pelo Dr. Luiz Carlos Souza Sampaio, Professor do curso de Especialização em Acupuntura da AMBA e Presidente do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA).

Dr. André Tsai, Presidente do Comitê de Dor da SBOT e Vice-Presidente do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura, foi o primeiro palestrante do painel trazendo os princípios básicos da acupuntura para o médico generalista. Iniciou sua fala com uma definição bastante simples da prática, que é “estimular um ponto na superfície corporal e produzir um efeito desejado no paciente”.

Atualmente, a acupuntura é indicada nos casos de dores no aparelho locomotor, dores pós-operatórias, dores na região cefálica, náuseas e vômitos das gestantes e de origem quimioterápica, condições de AVC, dificuldades para engravidar, sintomas do climatério, distúrbios do sono e transtornos de ansiedade e de humor. Muitos trabalhos em andamento nestes campos de conhecimento.

Pela medicina chinesa, a acupuntura tem uma visão holística partindo do ponto de vista de que tudo está interligado, não só em nosso corpo mas, também, do corpo com o ambiente em que ele vive. Consideram a prática quando há prejuízo do fluxo do Chi, interrompido por alguma causa causando desequilíbrio.

“Um pouco do preconceito com a acupuntura vem de uma tradução equivocada do ‘Chi’ no mandarim que, por falta de uma melhor interpretação na língua portuguesa, consolidou-se o uso da palavra ‘energia’, que em alguns contextos carrega uma abordagem mística em seu significante”, explica Dr. Tsai.

Apesar disso, a acupuntura é uma medicina, uma ciência, e do ponto de vista da medicina alopática, a hiperespecialização fez com que o médico se afastasse um pouco da abordagem mais holística no tratamento do paciente.

“O importante é que, seja na medicina milenar chinesa ou na alopática, o…



Leia Mais >