Curitiba sedia encontro com especialistas mundiais da Psicanálise

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2024-10-24 | 17:00h
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2024-10-24 | 13:20h
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Saúde Debate
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(Foto: Divulgação)

A psicanálise, seja na sua vertente teórica, como campo de estudo e investigação, seja como prática clínica, interessa diretamente não apenas aos psicanalistas, analistas em formação, e estudantes de psicanálise; mas à medicina em geral e psiquiátrica em particular, à psicologia e estudantes de psicologia, e a todos os trabalhadores na área da saúde dita mental, e da saúde como um todo. Curitiba recebe entre os dias 30 de outubro e 2 de novembro o IV Colóquio Internacional da Letra Associação de Psicanálise. As inscrições estão abertas para profissionais e estudantes, com desconto progressivo para inscrições de grupos a partir de dez alunos de graduação.

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O grande tema deste IV Colóquio Internacional é “O Corpo Na Psicanálise”. Será a oportunidade de ouvir alguns dos maiores especialistas na área, de diferentes cidades, estados e países, sobre as instigantes questões e desafios a que a contemporaneidade tem dado ensejo no que se refere ao corpo, sua constituição, os males que o afligem, e o modo de abordá-lo no tratamento.

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Ao todo, o colóquio vai reunir 31 especialistas brasileiros e internacionais em Psicanálise, em quatro dias de palestras e debates sobre o tema “O corpo na Psicanálise”, na sede da Associação Médica do Paraná, no bairro Água Verde. Dentre os destaques da programação estão nomes muito conhecidos no cenário psicanalítico nacional e internacional, como Alfredo Jerusalinsky (Brasil), Clara Cruglak (Argentina), Graciela Crespin (França), José Angel Zuberman (Argentina), Marie Christine Laznik (França), Ricardo Diaz Romero (Argentina) e Thierry Roth (França).

“Desde as descobertas de Sigmund Freud, e do imenso avanço devido a Jacques Lacan, temos acompanhado, no laço social e na clínica, profundas transformações, sobretudo éticas. Já não são as mesmas condições que presidem as relações entre as pessoas e destas com os seus desejos, e o modo como criamos nossas crianças. O mesmo progresso que garantiu à civilização um incrível incremento da qualidade de vida, a expõe ao imenso impacto com que as conquistas da ciência, marcadamente o advento da internet, das redes, e da virtualização progressiva das atividades humanas, a afeta. Diante disso, urge que nos debrucemos sobre os desafios que essas mudanças representam para o conhecimento e a clínica desse corpo que parece sofrer não mais apenas com os sintomas já conhecidos nos séculos XIX e XX, mas de uma infinidade de novos modos de padecimento”, diz Angela Valore, presidente da Letra Associação de Psicanálise, que realiza o evento.

Além de Angela Valore, outros especialistas bastante reconhecidos presentes no colóquio serão os argentinos Edgardo Feinsilber, Hugo Dvoskin e Karina Rotblat, e os brasileiros Leticia Patriota da Fonsêca, Lucas Emmanoel Cardoso de Oliveira, Mauricio Eugenio Maliska e Mauro Mendes Dias.

Temáticas abordadas

Entre as temáticas que serão abordadas no colóquio estão as muitas noções sobre o corpo na psicanálise, conectando as dimensões simbólica, real e imaginária do corpo; os transtornos do Espectro Autista, as deficiências, hipocondria e sexualidade (veja a lista completa a seguir em eixos temáticos).

No argumento central do Colóquio, Angela Valore afirma que “Ter um corpo próprio não é algo que nos seja assegurado pelo nascimento. O corpo não é um dado da natureza, ele é um efeito da linguagem, cuja entrada entalha a carne para fazer corpo, ao preço de desnaturá-lo”.

·         O corpo na psicanálise;

·         O corpo em tempos de revolução virtual;

·         Corpo e linguagem;

·         O corpo nos Transtornos do Espectro Autista e nas deficiências;

·         O corpo em cirurgia;

·         Hipocondria;

·         Corpo e imagem;

·         Fenômenos psicossomáticos;

·         O fenômeno do Pânico;

·         O corpo na neurose;

·         Corpo e sintoma;

·         Corpo e sexualidade;

·         Corpo e sexuação;

·         Corpo e gênero;

·         O corpo no real, no simbólico e no imaginário.

“Dizer que a linguagem se corporifica é dizer que o corpo padece dos seus efeitos? Que o modo como somos afetados por ela sela o nosso destino? Lacan afirma que há um corpo do simbólico, que é ‘alíngua’. Há um corpo do imaginário, que não se limita à imagem que temos do nosso corpo, o modo como o percebemos, e do qual nada saberíamos se não fosse isolado pela linguagem. E há um corpo do real, cuja existência se distingue de tudo que conhecemos como organismo. Não há corpo sem os três. E todo sofrimento e paralisia, assim como todo gozo e criação de que somos capazes, depende do modo como eles se arranjam em nós”, descreve a especialista.

*Informações Assessoria de Imprensa

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