Nada de pandemia hoje!

A languidez das paisagens mornas que se estendem pelo Nordeste do Brasil leva muita gente a pensar em instalar-se nos diversos lugares paradisíacos daquelas plagas.

Diversos estados contam com praias de beleza ímpar, basta escolher em qual delas se instalar em um dolce far niente. A Bahia parece ser a campeã com suas ilhas, praias praticamente desertas, penínsulas ofuscantes, mangues repletos de caranguejos e tantos outros atrativos naturais.

Dentre os inúmeros locais que se destacam pela beleza das praias está Morro de São Paulo, localizada na ilha de Tinharé. A pequena vila dos hippies de décadas atrás, transformou-se com o passar dos anos em movimentado ponto de atrações turísticas, gastronômicas e experiências variadas de hospedagem, caminhadas, mergulhos e festas. Há um afluxo de turistas estrangeiros que já conhecem as maravilhas de Tinharé. Bem, isso tudo antes da peste que nos assola desde o início de 2020 e não dá sinais de trégua.

De qualquer maneira, Morro de São Paulo é uma atração que deve ser conhecida por todos os que puderem se deslocar para aquelas lindas praias.

Nesse eterno deslocamento das hordas ávidas em consumir lugares belíssimos, sempre é tempo de descobrir novos locais ou locais ainda não conhecidos pela maioria. Um desses belos lugares chama-se ilha de Boipeba, bem ao lado da ilha de Tinharé. Se Morro de São Paulo é acessível facilmente desde Salvador por um catamarã, cujo trajeto leva mais de 2 horas em mar aberto ou mesmo de avião,

Boipeba é um pouco mais difícil de chegar.

Existem opções, sendo, uma delas, partindo de Morro de São Paulo usando uma robusta 4X4 até chegar ao rio que separa as duas ilhas. Esse trajeto exige um bem elaborado plano com relação aos horários e disponibilidades do catamarã.

Outra opção é a travessia da Baía de Todos os Santos até a ilha de Itaparica, onde, então, embarca-se num ônibus até a cidade de Cairu e, de lá, mais uma lancha até chegar ao desembarcadouro em Boipeba.

Velha Boipeba é a “capital” da ilha. Ruas estreitas com dezenas de pousadas, mercadinhos, farmácia, posto de saúde, bares e restaurantes, a maioria muito simples, mas muito simpáticos. Não há carros em Boipeba, o “transporte coletivo” é feito em tratores, que percorrem as estonteantes praias da ilha.

Ao chegar, a primeira praia é Boca do Rio, depois Tassimirim, Cueira, Moreré, Bainema e Ponta dos Castelhanos. Cada uma com sua especial beleza e atrativos. Cada uma levando a certa sensação de liberdade ante tanta imensidão e surpresas. Cuidados devem ser tomados quanto às marés, porque muitas caminhadas por essas praias podem se tornar impraticáveis com a maré alta.

Praia da Cueira, Ilha de Boipeba, Bahia (Foto: Acervo / Gilmar Rosa)

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Diante de tanta desgraça, mortes e incompetências governamentais que são metralhados diariamente em função da pandemia nos últimos meses, é difícil encontrar, hoje em dia, alguma nota que nos traga um sorriso aos lábios. Cansado dos números estonteantes, quis escrever para alegrar o espírito, meu e, quem sabe, o seu? E falar daquelas praias de sonho ajuda muito em trazer uma réstia de luz e alegria.

* Gilmar Rosa é graduado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo e História – Memória e Imagem pela Federal do Paraná. Executa, atualmente, atividades voltadas ao desenvolvimento de projetos e planejamento estratégico em cooperativa médica. É colunista do portal Saúde Debate

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