A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou 18 novas epizootias em macacos no Paraná, somando 135 mortes em animais contaminados pelo vírus da febre amarela, desde julho de 2019. Permanecem em investigação 199 notificações, 65 já foram descartadas e 328 indeterminadas. Os dados são do boletim epidemiológico da doença divulgado nesta quarta-feira (18).
“Esse aumento no número de primatas mortos confirma que o vírus da febre amarela está circulando no Paraná. Precisamos alertar a população sobre a importância da vacina, pois essa é a forma mais eficiente e segura para prevenir a doença”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
As novas epizootias foram registradas nos municípios de Boa Ventura de São Roque (2), Campo Largo (1), Antonio Olinto (3), Turvo (5), Guarapuava (1) e Mallet (6). Boa Ventura de São Roque, na 5ª Regional de Saúde, e Campo Largo, na 2ª Regional, ainda não tinham casos confirmados de mortes de macacos.
Neste período epidemiológico, que teve início em julho de 2019, o Paraná não registra casos confirmados de febre amarela em humanos. Já foram notificados 100 casos, destes 16 estão em investigação e 84 já foram descartados.
Vacinação
A vacina da febre amarela confere alta taxa de proteção: acima de 95%. O público-alvo para vacinação é dos nove meses de vida até 59 anos. Acima desta idade e gestantes devem procurar orientação médica. As doses estão disponíveis em todas as unidades de saúde dos 399 municípios do Paraná e uma única dose confere a proteção durante toda a vida, porém por orientação do Ministério da Saúde (MS), crianças com quatro anos de idade devem tomar um reforço, devido à diminuição na resposta imunológica da criança que é vacinada muito cedo.
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Sintomas
A febre amarela é uma doença infecciosa causada por vírus que se manifesta com febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômitos, dor no corpo, pele e olhos amarelados (icterícia). Também é possível haver hemorragia (gengiva, nariz, estômago, intestino e urina) podendo levar à morte nas formas mais graves.
A doença é transmitida pela picada de mosquitos infectados. Não existe transmissão de pessoa a pessoa. Atualmente no Brasil só há registro da febre amarela silvestre, transmitida pelos mosquitos haemagogus e sabethes.