De 29 de junho a 1º de julho, o presidente eleito da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) para o biênio 2025-2026, Dr. Ricardo Amorim Corrêa participou do 7º Simpósio Mundial de Hipertensão Pulmonar, realizado em Barcelona. O evento reuniu especialistas em HP de todo o mundo para discutirem como o diagnóstico, o tratamento e a pesquisa dessa grave e rara doença deverão ser realizados a partir de agora.
A história do Simpósio Mundial de Hipertensão Pulmonar remonta aos anos 60 e 70, quando um aumento alarmante de mortes por hipertensão pulmonar entre mulheres jovens na Europa levou a OMS a convocar o primeiro encontro científico em 1972.
Inicialmente, a classificação da doença era simples, dividida em hipertensão pulmonar primária e secundária. Contudo, ao longo das décadas, pesquisas avançadas transformaram a compreensão e o tratamento da doença.
“De 1973 até 1998, houve um boom de pesquisas acadêmicas que culminaram no segundo simpósio mundial, em Evian, na França. Foram descobertas vias metabólicas que hoje são fundamentais para o tratamento, como as da endotelina, do óxido nítrico e da prostaciclina”, explicou o pneumologista.
Desde então, os simpósios mundiais têm ocorrido a cada cinco anos, com um crescimento significativo na pesquisa e no número de participantes.
Segundo Amorim Corrêa, o simpósio de 2024 – que deveria ter ocorrido em 2023 mas foi adiado devido à publicação de novas diretrizes europeias em 2022 – trouxe avanços ainda mais refinados. “A pesquisa está cada vez mais focada no nível molecular, como tem acontecido com a asma e outras doenças de base imunológica”, explica o pneumologista. “Agora, há um novo medicamento que atua em uma quarta via metabólica, a via dos inibidores do ciclo da activina, devido a mutações no antígeno BMPR2”, acrescentou.
Este novo…