Retorno radiante – ABN – Academia Brasileira de Neurologia


Realizada nos dias 1 e 2 de dezembro no Mar Hotel Conventions, no Recife, a 14ª edição da Reunião de Pesquisadores em Doença de Alzheimer e Desordens Relacionadas (RPDA) marcou a volta das interações presenciais, após o hiato imposto pela pandemia de Covid-19, e uma importante convergência de especialistas e estudiosos das neurociências cognitivas e do comportamento.

Sob a organização da comissão composta por Breno Barbosa, professor adjunto do Centro de Ciências Médicas da Universidade Federal de Pernambuco (CCM/UFPE), Elisa Resende, professora adjunta da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (FM/UFMG) e Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais (CMMG), e Adalberto Studart, neurologista do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC/FMSUP), respectivamente, coordenador, vice-coordenadora e secretário do Departamento Científico (DC) de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), o evento cumpriu sua missão de facilitar o diálogo e a colaboração entre grupos dedicados ao estudo da área.

Os temas abordados durante a RPDA, que já soma 26 anos de existência, refletiram a amplitude e a complexidade da investigação no campo, com enfoque em biologia e genética molecular, diagnóstico, epidemiologia, neuroimagem e biomarcadores, neuropsicologia, patologia e terapêutica.

“A fisiopatologia do Alzheimer”, lembra a dra. Elisa, “não é totalmente compreendida. Sabemos que existem algumas proteínas que se acumulam no cérebro, a beta-amilóide, a tau fosforilada, mas não desvendamos por que e através de quais mecanismos essas proteínas levam à morte celular, à morte neuronal e ao declínio cognitivo. Portanto, é fundamental que haja interação entre genética, neuroimagem, epidemiologia, biomarcadores e patologia, por exemplo. Só assim entenderemos, de forma mais…



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