Em prol do aleitamento materno, a campanha Agosto Dourado tem como principais objetivos favorecer o binômio mãe-bebê, estimular o aleitamento materno à livre demanda, orientar às puérperas quanto ao cuidado com as mamas, prevenindo fissuras mamilares, mastites e ingurgitamento.
O aleitamento materno é a primeira fonte de alimentação dos bebês. De acordo com orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), deve ser a fonte exclusiva de amamentação dos bebês até os seis meses de idade. Devido à muitas mães não conseguirem iniciar este processo de nutrição, o ideal é procurar ajuda profissional para tornar a amamentação um ato saudável para ambos.
Neste momento, o papel do fonoaudiólogo é fundamental para a orientação das mães, pois podem introduzir técnicas adequadas para ajustar a “pega” do bebê à mama. De acordo com a fonoaudióloga Talita Todeschini do Conselho Regional de Fonoaudiologia – 3˚ Região (CREFONO 3), o estímulo à amamentação deve ser feito de forma consciente, já que é um dos primeiros aprendizados de sobrevivência do bebê e exige muita dedicação por parte da mãe e da criança.
Além disso, a especialista explica que “a fonoaudiologia trabalha com procedimentos para estimular o contato físico da mãe com o bebê o maior tempo possível, fazer com que a puérpera tenha segurança para amamentar o bebê, enfatizando as propriedades benéficas do leite materno e a importância para o desenvolvimento das funções estomatognáticas da criança”.
Algumas condições patológicas podem dificultar a mamada do recém-nascido, por isso, é importante que os pais conheçam quais são e para que possam buscar ajuda e orientação nesses momentos. No Brasil, é obrigatória a realização do Teste da Linguinha, a partir do protocolo de avaliação do Frênulo da Língua dos Bebês. Essa avaliação deve ser feita ainda nos hospitais e maternidades para identificar se o bebê tem a língua presa.
As limitações desses movimentos podem comprometer as funções exercidas pela língua, como sugar, engolir, mastigar e falar. A fonoaudióloga e conselheira do CREFONO 3, Talita Todeschini, explica como isso pode interferir.
“Se o frênulo lingual limitar o movimento muscular, a criança será incapaz de fazer toda a movimentação que precisa fazer para se alimentar. Para entender se o bebê está preparado para a mamada é interessante, ainda dentro da maternidade fazer o teste da linguinha”, explica.
O fonoaudiólogo é, também, parte da equipe multidisciplinar que avalia os bebês prematuros ainda na UTI neonatal e que pode orientar sobre as alternativas para os que apresentam dificuldade de deglutição.
“Os prematuros não possuem o reflexo de sucção efetiva e o fonoaudiólogo pode auxiliar e preparar o bebê para que ele desenvolva esses reflexos que vão ajudá-lo a mamar e deglutir. Esta estimulação deve ser feita o mais cedo possível, para que o recém-nascido consiga mamar no seio da mãe o quanto antes também”, finaliza Talita.
O CREFONO 3, com atuação no Paraná e em Santa Catarina, apoia as ações do Agosto Dourado.
*Informações Assessoria de Imprensa