Palestrantes ressaltaram que educação médica continuada é a melhor forma de evitar diagnósticos equivocados,
diminuir o custo da operação e oferecer qualidade de vida aos pacientes
Na manhã de terça-feira (4), a UNIDAS-SP realizou, em parceria com a LIVA SAÚDE, um Conecta para debater alternativas para minimizar o impacto e a pertinência de indicações das cirurgias bucomaxilo de ATM. O evento aconteceu no auditório do Metrus, na capital paulista, e contou com abertura do diretor de treinamento e desenvolvimento da UNIDAS-SP, Marco Souza.
As palestras, conduzidas pelos especialistas Alain Haggiag, criador do protocolo Liva e pesquisador em disfunção da ATM e dor orofacial, e George Boraks, cirurgião bucomaxilofacial e gestor de inovação e tecnologia – IPT apresentaram estudos e dados que, podem ajudar o paciente a resolver de forma conservadora dores Orofaciais e disfunções da ATM crônicas, além de reduzir a quantidade de cirurgias sem indicação correta.
Em sua apresentação, Boraks ressaltou que os casos cirúrgicos não chegam a 5%. Contudo, de acordo com ele, como os auditores não conseguem acompanhar o paciente, há fragilidades no processo e nas justificativas clínicas.
Segundo ele, existe uma grande dificuldade e complexidade em identificar e separar sinais e sintomas. “Sintomas musculares nunca são cirúrgicos. Deles, apenas 10% são articulares. Precisamos lembrar que a cirurgia deve ser sempre precedida de tratamento clínico”, afirmou.
Haggiag trouxe dados científicos que demonstraram que controlar a sobrecarga na região dos músculos da face e da ATM do paciente durante o dia pode levar à melhora de 50% na escala de dor em uma semana. “Para realizar este estudo, buscamos padrões, e identificamos que a dor mais intensa ocorre sempre no fim da tarde e está associada a hábitos da apertar, inconscientemente, os dentes e tensionar os músculos da face durante o dia. Com esta informação, desenvolvemos uma forma…