90% de pessoas com indicações médicas não realizam exame para detecção do câncer de colo do útero

colo do útero
(Foto: Freepik)

O mês de março é marcado por iniciativas de reforço e alerta para a saúde de pessoas com útero, com foco maior na campanha de conscientização e enfrentamento ao câncer de colo de útero. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é estimado que 2023 feche com mais de 17 mil novos casos dessa doença.

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A healhtech 3778, especializada em saúde corporativa e análise de dados com auxílio de IA, realizou uma pesquisa por meio do questionário da saúde auto preenchível com 16 mil pessoas com útero entre 18 e 74 anos, em 2021 e 2022, onde cerca de 19,2% relataram não terem realizado o exame papanicolau nos últimos três anos.

A healthtech também analisou os exames nas contas médicas de sinistro e identificou que 90% dos participantes relataram possuir indicações médicas para realizar orastreamento de infecções ou do câncer de colo de útero, mas que não o fizeram. Apenas 35,4% confirmaram terem feito os exames nos últimos dois anos e manterem a rotina adequada, a cada dois ou três anos.

“O exame Papanicolau é a principal forma de detectar alterações no colo do útero. A partir do momento em que as pessoas passam a se relacionar sexualmente, é necessário fazer um acompanhamento e o exame para manter a saúde em dia. Quanto antes for detectada qualquer alteração, é possível ter mais chances de se solucionar o problema até mesmo antes dele poder evoluir para um estágio de câncer”, explica Aline Pasiani, médica de família e gerente de linhas de cuidado na 3778. A médica reforça que nos casos os quais a infecção pelo HPV persiste e, especialmente, é causada por um subtipo viral oncogênico, pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras cuja identificação e tratamento adequado possibilitam a prevenção da progressão para o câncer cervical invasivo.

Como se proteger

Para Pasiani a principal forma de prevenção no momento é a vacina contra o vírus HPV. O Sistema Único de Saúde, SUS, oferece gratuitamente a vacina no Brasil para meninas de 9 a 14 anos, meninos de 11 a 14 anos e pessoas imunossuprimidas de até 45 anos. “A vacina previne a infecção de alguns dos principais tipos de HPV e que oferecem maiores chances de causar verrugas genitais e de evoluírem para o câncer de colo de útero”, explica ela.

Após o início da atividade sexual, é fundamental a atenção ao uso de preservativos nas relações sexuais. “A vacinação e a realização do exame preventivo (Papanicolau) se complementam como ações de prevenção desse tipo de câncer. Mesmo as mulheres vacinadas, quando alcançarem a idade preconizada (a partir dos 25 anos), deverão fazer o exame preventivo periodicamente, pois a vacina não protege contra todos os tipos oncogênicos do HPV”, finaliza Aline

*Informações Assessoria de Imprensa